Os amantes dos animais já sabem que ter um pet é sinônimo de pelos nas roupas, no chão da casa, nos móveis. Essa troca natural que faz parte de um processo fisiológico do organismo dos cães e gatos costuma se intensificar nas estações transitórias, como na primavera.
“Essa é uma das épocas em que a troca dos fios ocorre de maneira mais intensa, isso porque nesta estação do ano a pelagem densa do inverno começa a dar lugar à pelagem mais leve, específica para o verão. Neste período é comum os tutores relatarem que encontram com frequência tufinhos de pelos pela casa”, explica Mariana Raposo, gerente da linha de produtos dermatológicos da Avert Saúde Animal.
Em condições normais, a queda de pelos não deve ser motivo de preocupação. No entanto, é importante observar a quantidade de pelos que o pet está perdendo. Quedas de pelos intensas e repentinas, acompanhadas de outros sinais como coceira, vermelhidão na pele, manchas, ou áreas com ausência de pelos (alopecia), podem indicar problemas dermatológicos ou sistêmicos, que exigem atenção.
Além disso, fatores como estresse, alergias, parasitas (como pulgas e carrapatos) e desequilíbrios hormonais também podem desencadear a queda excessiva de pelos. Portanto, conhecer o padrão de troca de pelos do animal é fundamental para identificar quando algo está fora do comum.
A queda de pelos patológica em pets pode ser causada por diversas condições de saúde, incluindo:
- Dermatites Alérgicas: Alergias alimentares, ambientais ou a produtos de higiene podem causar inflamação, coceira intensa e queda de pelos.
- Infecções Cutâneas: Infecções bacterianas, fúngicas (como micose) ou parasitárias (pulgas, carrapatos) podem irritar a pele e levar à perda de pelos.
- Distúrbios Endócrinos: Problemas hormonais, como hipotireoidismo, podem afetar o ciclo de crescimento do pelo, resultando em queda excessiva.
“A queda de pelos pode ser causada por diversos fatores, desta forma, identificar a causa exata é essencial para que possamos estabelecer o tratamento mais eficaz e garantir o bem-estar do animal. Um diagnóstico correto faz toda a diferença”, reforça Mariana.
O que fazer durante a troca de pelos?
Para lidar com a troca de pelos nos pets, a escovação regular é uma das práticas mais eficazes. Escovar o animal com frequência ajuda a remover os pelos mortos, reduzindo a quantidade de pelos soltos pela casa. Cães e gatos de pelagem longa devem ser escovados diariamente, enquanto raças de pelo curto podem ser escovadas algumas vezes por semana.
Os banhos regulares também ajudam a controlar o problema, removendo sujeira e pelos soltos, além de promover a saúde da pele. Recomenda-se utilizar shampoos e hidratantes com formulações que nutrem e fortalecem a microbiota da pele tornando-a mais resistente às alterações ambientais e agressões do dia a dia
Outro aspecto importante é uma alimentação equilibrada. Rações de qualidade, ricas em nutrientes, vitaminas e minerais, ajudam a fortalecer o pelo e reduzir a queda excessiva. Assim como os suplementos com betaglucanas, os ácidos graxos essenciais, vitaminas, aminoácidos e minerais, que ajudam a fortalecer a barreira cutânea de dentro para fora.
Manter a saúde geral do animal em dia também é essencial. Visitas regulares ao médico veterinário garantem que a queda de pelos não seja um sintoma de problemas de saúde. Exames periódicos, controle de parasitas e atenção ao estado emocional do pet são fundamentais para evitar quedas de pelos excessivas. Um ambiente tranquilo e livre de estresse também contribui para o bem-estar geral do animal.
Por fim, a limpeza da casa é outra maneira de lidar com a troca de pelos. O uso de aspiradores de pó específicos para pelos de animais, capas protetoras para móveis e tapetes laváveis pode ajudar a controlar o acúmulo de pelos em casa, tornando o ambiente mais confortável para todos.
“ A troca de pelos é um processo natural na vida dos pets e, embora possa ser incômoda para os tutores, pode ser facilmente controlada com cuidados simples. Além disso, estar atento ao padrão de queda de pelos do animal é fundamental para identificar quando algo está fora do comum e procurar ajuda veterinária, garantindo assim a saúde e o bem-estar do pet”, finaliza Mariana.
Fonte: Avert Saúde Animal, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.
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