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Pets e Curiosidades

Saiba como reduzir o estresse dos gatos nas consultas veterinárias

Veterinária destaca estratégias que podem ser adotadas para o efeito para minimizar o estresse dos felinos
Por Equipe Cães&Gatos
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Por Equipe Cães&Gatos

Os gatos são animais sensíveis a mudanças no seu ambiente, o que pode causar níveis elevados de estresse, especialmente durante as visitas ao veterinário. A médica-veterinária e diretora clínica do Hospital do Gato, Maria João Diniz da Fonseca, explica as principais causas de estresse nos felinos e fornece estratégias práticas para minimizar estes comportamentos nas clínicas e em casa, para que a experiência se torne menos traumática para gatos e tutores.

A consulta deve ser realizada de forma rápida e eficiente para reduzir o tempo de exposição ao estresse (Foto: Reprodução)

Quais são as principais causas de estresse nos gatos e como se manifestam no comportamento do animal?

“A resposta é tudo”, destaca a profissional. “Os gatos são, caracteristicamente, animais muito territoriais, que precisam de ter um domínio quase obsessivo do seu território. Tudo aquilo que altera as suas rotinas pode causar-lhes estresse. Muitas vezes, nas consultas, perguntamos se o tutor acha que existe algum motivo para o animal estar mais estressado e respondem-nos que não, que está tudo na mesma. No entanto, basta trocarem a pessoa que vai fazer as limpezas ou o cheiro dos detergentes, a disposição das mobílias, ou existirem mais barulhos porque o vizinho está fazendo obra… Ou seja, tudo aquilo que possa alterar o olfato ou o ruído, e isto, pode ter impacto psicossomático, que se traduz em doença.”

Estes são, realmente, animais sensíveis a alterações de ambiente e retirá-los do seu contexto habitual para outro, como é o caso da ida à clínica ou ao hospital veterinário, pode escalar em grandes níveis de estresse. Os próprios tutores, já sabendo desta situação, acabam, muitas vezes, por evitar ou adiar a ida dos animais às consultas, comprometendo a sua saúde, transformando-as em diagnósticos mais tardios.

A veterinária cita um estudo recente, realizado em várias partes do mundo, que estima que 90% das experiências em clínica foram traumáticas para os animais e para os tutores. “Esta é uma percentagem alta e, se a experiência for traumática, as pessoas pensam duas vezes antes de voltarem a levar o gato ao veterinário. Continuamos a ver, de forma menos comum, é certo, um gato a ir pela primeira vez ao veterinário aos 17 anos, ficando para trás a profilaxia e o diagnóstico precoce, que poderia fazer a diferença”, reforça.

Neste sentido, a médica-veterinária destaca estratégias que podem ser adotadas para o efeito para minimizar o estresse dos felinos durante as visitas ao veterinário.

Tudo aquilo que altera a rotina dos felinos pode causar estresse aos animais (Foto: Reprodução)

– Preparação em casa: De acordo com a diretora clínica do Hospital do Gato, a preparação começa mesmo antes de sair de casa. “Podemos começar logo no transporte do gato de casa para a clínica, que é logo um fator de estresse”, explica a profissional, sugerindo que, ao agendar a consulta, os recepcionistas das clínicas devem fornecer dicas aos tutores sobre como colocar o gato na transportadora e fazer este manuseamento de forma adequada.

– Uso de medicação e suplementos: Para gatos que já são conhecidos e seguidos na clínica, a utilização de medicação ou suplementos pode ser essencial. “Um gato que nos chega à consulta já com medicação ou com estes tais suplementos torna-se muito mais fácil de manipular e para ele também é uma experiência muito menos traumática”, afirma.

-Ambiente da sala de espera: Nas clínicas mistas, que recebem tanto cães como gatos, é importante evitar o contato direto entre as duas espécies. “Há clínicas que agendam horas diferentes para receber cães e gatos. Caso seja possível, considero importante ter este cuidado na sala de espera”, recomenda a veterinária.

-Abordagem durante a consulta: Durante a consulta, a abordagem ao paciente deve ser cuidadosa e adaptada às suas necessidades. “É muito importante, por exemplo, não retirar o gato da caixa de transporte, observá-lo dentro da transportadora, caso percebamos que é isso que ele quer”, sugere Maria João Diniz da Fonseca. A consulta deve ser realizada de forma rápida e eficiente para reduzir o tempo de exposição ao estresse.

-Regresso a casa: O processo de retorno a casa também requer alguns cuidados. É comum que outros gatos na casa não reconheçam o gato que acabou de voltar da consulta, devido aos novos cheiros. “Uma das dicas, por exemplo, é não retirar logo o animal da caixa de transporte, deixá-lo sair pelo seu próprio pé e esfregá-lo com uma toalha, que passou de preferência na zona da cabeça, que é onde há mais feromonas de apaziguamento”, destaca.

Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.

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