É cada vez mais comum ver animais de estimação ocupando lugar de destaque dentro das casas. Os pets, que antes eram uma simples companhia, acabaram, em muitos lares, ganhando o status de “filhos”. A mudança no comportamento das famílias é só uma das evidências de que o mercado de pets no Brasil se expande cada vez mais.
Segundo projeção do coordenador Nacional da área de Gestão da Universidade Estácio de Sá (Rio de Janeiro/RJ), Luiz Belmiro, baseando-se na estatística brasileira mais recente (2013), existem quase 200 milhões de pets no Brasil. Essa população gera um faturamento também impressionante para o setor: R$ 20 bilhões ao ano. Dentro desse mercado, ainda de acordo com ele, o segmento de saúde animal passou do 9º para o 1º lugar, onde circulam cerca de R$ 600 milhões anualmente.
O nicho vem migrando da Medicina Veterinária curativa para a preventiva, segundo o profissional. “Comparando com outros mercados, o de pets é maior do que o de casamentos e o do futebol. Grandes empresas estão investindo na área com foco na Medicina Veterinária. Isso é e será cada vez mais o grande segmento no mercado de pets”, avalia e ainda sugere aos jovens que vão se graduar na profissão que realizem, posteriormente, uma pós-graduação em Marketing, a fim de aprimorar o atendimento ao cliente.
O segmento de clínica médica é amplamente desenvolvido dentro do curso de Medicina Veterinária da universidade que forma veterinários generalistas, capazes de atuar em qualquer uma das diversas áreas profissionais da carreira, segundo Belmiro. “Damos uma formação mais generalista ao aluno. A carga horária é 50% prática, a teórica fica com a outra metade. Desde o 1º período, o aluno combina as duas vertentes e vai percebendo como é a atuação direta do que ele vê em sala de aula”, explica a gestora Nacional de Medicina Veterinária da Estácio, Cheryl Almada.
Ela ainda ressalta que o campo de trabalho de quem se forma no curso é enorme. Além de clinicar, o bacharel em Medicina Veterinária pode exercer funções na saúde pública, trabalhando na parte de zoonoses, vigilância sanitária e no núcleo de apoio ao Saúde da Família; em órgãos públicos ou empresas como inspetor de produtos; na indústria farmacêutica, de vacinas e soros ou alimentícia; como pesquisador de instituições e também na área acadêmica. “A Medicina Veterinária está se aproximando da Medicina Humana em número de especialidades. Quanto mais você se especializar, mais o mercado vai se abrir e melhor remunerado o profissional será”, salienta.
Fonte: O Globo, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.