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Inovação e Mercado

Setor Pet encerra 2024 com faturamento de R$ 75,4 Bilhões e crescimento de 9,6%

O setor pet enfrenta desafios econômicos, com a desaceleração do consumo e a alta tributação, impactando a produção de alimentos para animais
Por Equipe Cães&Gatos
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Por Equipe Cães&Gatos

O setor pet fechou 2024 com um faturamento total de R$ 75,4 bilhões, um crescimento de 9,6% em relação a 2023. No entanto, o resultado ficou abaixo das expectativas, que projetavam um faturamento superior a R$ 77 bilhões. Este é o primeiro ano desde 2019 que o setor não atinge dois dígitos de crescimento. Segundo o Instituto Pet Brasil (IPB) e a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), a desaceleração do consumo, a inflação e o câmbio são fatores determinantes para esse desempenho abaixo do esperado.

Caio Villela, presidente do IPB, destaca a importância do setor, mas também aponta os desafios enfrentados. “O setor pet segue sólido, mas os resultados de 2024 refletem os desafios econômicos e o peso da alta tributação sobre os produtos e serviços do setor”, afirmou Villela. A alta do dólar, que impacta os custos de produção, especialmente no segmento de pet food, foi outro fator crítico que contribuiu para a desaceleração.

A produção de alimentos para animais de estimação, que é um dos pilares do setor, registrou uma queda de 0,6% em 2024, encerrando o ano com aproximadamente 4 milhões de toneladas produzidas. José Edson Galvão de França, presidente-executivo da Abinpet, prevê uma redução ainda maior em 2025, caso o cenário tributário e cambial continue o mesmo. “Calculamos que, para este ano, se o cenário tributário e o câmbio permanecerem como estão, a queda na produção será maior, chegando a quase 4%”, destacou Galvão de França.

A desaceleração econômica e os desafios tributários influenciaram os resultados do setor pet, que registrou um crescimento mais tímido em 2024 (Foto: Divulgação)

Outro desafio para o setor foi a ausência de benefícios da Reforma Tributária, que não contemplou o setor pet. Em um estudo econômico apresentado pela Abinpet e o IPB, ficou evidente que a isenção tributária para o setor poderia alavancar a produção e aumentar a arrecadação de impostos. “Acreditamos que a inclusão do setor pet nas alíquotas reduzidas é uma questão de justiça tributária e de saúde pública. Vamos continuar lutando por essa causa”, disse Galvão de França.

Apesar da crise, o setor pet mantém sua importância econômica, com segmentos como pet food e produtos veterinários ainda representando uma parcela significativa do faturamento. No varejo, pet shops pequenos e médios lideram as vendas, enquanto o e-commerce cresce, com destaque para os pet shops virtuais. Para o IPB, o ambiente tributário mais equilibrado será fundamental para garantir a competitividade e o crescimento sustentável do setor nos próximos anos.

Fonte: AbinPet, adaptado pela equipe Cães e Gatos.

FAQ – Setor Pet em 2024

1. Qual foi o faturamento do setor pet em 2024 e qual foi o crescimento em relação ao ano anterior?

Em 2024, o setor pet faturou R$ 75,4 bilhões, com um crescimento de 9,6% em relação a 2023. Embora tenha mostrado crescimento, o resultado ficou abaixo das expectativas, que previam um faturamento superior a R$ 77 bilhões.

2. Quais foram os principais fatores que influenciaram o desempenho abaixo do esperado para o setor pet em 2024?

Os principais fatores que impactaram o desempenho do setor foram a desaceleração do consumo, a inflação e o câmbio. A alta do dólar, que afetou o custo de produção, especialmente no segmento de pet food, também foi um fator determinante.

3. O que as entidades do setor pet estão fazendo em relação à Reforma Tributária e seus efeitos no mercado?

O setor pet não foi contemplado pela Reforma Tributária, o que tem gerado desafios econômicos. A Abinpet e o Instituto Pet Brasil defendem a isenção tributária para o setor, pois acreditam que isso poderia impulsionar a produção e aumentar a arrecadação de impostos, beneficiando toda a cadeia de produtos e serviços para animais de estimação.

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