Em fases como lactação e gestação a quantidade diária de água ingerida pode ser triplicada
Cláudia Guimarães, da redação
claudia@ciausllieditores.com.br
Nem só os alimentos são fontes de nutrientes na dieta dos pets. A água é de fundamental importância para todos os seres vivos e, segundo profissionais, é o elemento mais importante para um cuidado nutritivo ao animal de estimação.
A médica-veterinária especialista em nutrição, Mallize Gonçalves, afirma que o líquido permite que todas as reações químicas ocorram, tanto no interior, quanto entre as células dos organismos. Segundo ela, sem água a estrutura dos cães não é capaz de funcionar corretamente, resultando em desidratação.
As funções da água no corpo dos animais são inúmeras, porém a profissional destaca as mais importantes: “A água distribui os nutrientes essenciais para manter as células vivas (vitaminas, minerais, glicose); remove os resíduos e toxinas que o organismo não necessita, por meio de urina e fezes; transporta, digere e absorve nutrientes presentes nos alimentos. Além disso, ela também é responsável pela regulação da temperatura corporal e pela lubrificação e proteção contra o impacto das articulações, coxins, medula espinhal”, explana.
Existem alguns fatores que afetam a ingestão de água. Geralmente, com temperaturas mais altas, como conta o médico-veterinário Luis Fernando de Moraes, os animais ingerem mais água comparada a temperaturas frias. “Porém, o ideal é que a quantidade diária exigida seja mantida durante todas as épocas do ano”, orienta a profissional que ainda recomenda a quantidade do líquido para cães: “De 30 a 70 ml/kg peso vivo por dia, isso varia e depende do tamanho, dieta (com alimentos secos necessitam maiores quantidades de água), idade e presença de enfermidades”, completa.
Moraes também pontua que, em algumas fases como lactação, gestação e realização de exercícios físicos, a quantidade diária de água pode aumentar em duas a três vezes acima da exigida habitualmente, lembrando que, basicamente, 60 a 70% do corpo de um cão é composto por água. A diminuição expressiva desta porcentagem pode acarretar problemas na saúde do pet, como desidratação grave, choque e morte.
A desidratação, tanto em cães como em gatos, resulta em sintomas e as causas são bastante similares e devem ser tratados de maneira imediata para garantir a vida e a saúde do animal. O profissional dá algumas dicas de como identificar a desidratação: “Por meio da prega cutânea, hidratação dos olhos, mucosas e focinho. O animal desidratado apresenta um retorno lento quando elevamos a prega da pele, além de apresentar mucosas e focinhos ressecados e sem brilho”, explica.
Os tutores também devem ter muita atenção, também, em relação à localização dos bebedouros, que devem estar em ambiente longe do sol. O animal tende a recusar a ingestão de água aquecida. Mallize menciona a existência de vários tipos de água. De preferência, deve-se oferecer, segundo ela, água potável e filtrada aos animais de companhia, cujo perfil dos minerais presentes é de grande valia. “Água de fontes não confiáveis podem conter micro-organismos, como bactérias, vírus e parasitas que podem infectar o cão. Líquido com grandes quantidades de flúor, nitratos e magnésio também podem representar riscos para a saúde dos pets em longo prazo. Vale ressaltar que não adianta oferecer a melhor água e não cuidar da higiene dos bebedouros e certificar-se que o animal tenha água limpa e fresca durante todo o dia.”, alerta a profissional que julga bebedouros de barro e inox os mais higiênicos e seguros.