O inverno impõe desafios pontuais à saúde e ao bem-estar de cães e gatos, mas também representa uma oportunidade valiosa para fortalecer o vínculo entre tutores e profissionais veterinários. A queda nas temperaturas exige atenção individualizada, especialmente no caso de animais idosos, com comorbidades, ou que convivem em ambientes de maior risco para infecções respiratórias.
Seja no ajuste de medicamentos e nutracêuticos, na escolha de alimentos mais densos ou no manejo das condições ambientais, a conduta técnica embasada continua sendo a ferramenta mais segura e eficaz para garantir saúde e qualidade de vida aos pets durante a estação fria.
“Muito mais importante do que multiplicar intervenções é compreender o contexto de cada animal. A individualidade deve ser o centro da tomada de decisões clínicas e nutricionais”, resume o professor Leonardo Bôscoli, da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Evitar excessos — especialmente no uso de vitaminas, anti-inflamatórios ou antibióticos —, manter o conforto térmico acessível e investir em dietas com maior densidade de nutrientes, são pilares seguros para um inverno equilibrado. Em vez de generalizações, o momento exige acompanhamento próximo, escuta ativa ao tutor e uma visão integrativa de cada caso.
