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Pets e Curiosidades

Tosse dos canis: como prevenir a doença no meu cão?

Também conhecida como gripe canina, a enfermidade pode ser causada por vírus e bactérias e gera, principalmente, tosse seca
Por Danielle Assis
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Por Danielle Assis

Com as baixas temperaturas se aproximando, é comum surgir a preocupação com algumas doenças que podem acometer os cães no inverno, como é o caso da tosse dos canis. 

A tosse dos canis é uma enfermidade considerada sazonal, que apresenta maior incidência no inverno devido ao clima frio e seco (Foto: reprodução)

Segundo a médica-veterinária pós-graduada em pneumologia veterinária, Josyanne Christine Oshika, essa enfermidade também é chamada de gripe canina, traqueobronquite infecciosa canina ou complexo respiratório infeccioso canino. 

“A tosse dos canis é uma doença infectocontagiosa de início agudo, que envolve o trato respiratório superior. Ela pode ser causada por diversos vírus, como Influenza, Parainfluenza e Adenovírus tipo 2, e bactérias, sendo a Bordetella bronchiseptica a mais diagnosticada”, explica. 

No entanto, ainda de acordo com a doutora, é comum ocorrerem infecções concomitantes, no qual dois ou mais patógenos se colonizam no trato respiratório dos cães. 

A transmissão da doença acontece a partir do contato direto entre os animais. “Cães que frequentam creches, pet shops, áreas pets em condomínios e até elevadores possuem maior chance de contágio. As principais maneiras de transmissão são através do contato com brinquedos, potes de água e comida, secreção nasal e tosse dos cachorros”.  

Inclusive, a tosse dos canis é uma enfermidade considerada sazonal, que apresenta maior incidência no inverno devido ao clima frio e seco. 

Sintomas e tratamento da gripe canina 

Os animais podem apresentar secreção nasal e ocular e espirros. Já febre e prostração não são normais na doença (Foto: reprodução)

Oshika afirma que, como o próprio nome refere, a tosse seca e de início agudo é o sintoma mais comum da tosse dos canis. Porém, os animais também podem apresentar secreção nasal e ocular e espirros. Já febre e prostração não são normais na doença. 

O tratamento, por sua vez, nem sempre é necessário, pois muitas vezes essa enfermidade é autolimitante.  “O tratamento da gripe canina pode ser dividido em quadros não complicados e complicados. Os quadros não complicados são aqueles no qual o cão tem uma manifestação mais branda da doença. Neles realizamos tratamento suporte e, em alguns casos, pode-se utilizar medicações anti-inflamatórias e antitussígenos, por exemplo”, esclarece a profissional.

Por outro lado, ainda segundo ela, nos casos mais complexos os animais podem evoluir para uma pneumonia, que é considerada uma complicação grave, sendo necessário administrar também antibióticos. “Quando a pneumonia se desenvolve, os cães podem ter como sintomas febre, prostração, cansaço e perda de apetite”. 

Além disso, a médica-veterinária complementa que, quando o pet apresenta um quadro não complicado, a tosse, normalmente, possui duração de poucos dias. Contudo, em alguns animais pode haver uma tosse residual, que perdura por alguns meses.

Como prevenir? 

A boa notícia é que existem algumas maneiras de prevenir a tosse dos canis. “A. No entanto, as vacinas contra os patógenos do trato respiratório não previnem a infecção, mas podem minimizar a gravidade da doença”, explica a doutora. 

Josyanne esclarece que todas as vacinas para a tosse dos canis protegem contra Bordetella bronchiseptica, existindo opções injetáveis, intranasais e orais. Porém, a vacina intranasal também previne o adenovírus tipo 2, que é o vírus da parainfluenza canina.  

A vacinação é o método mais eficaz para reduzir o risco de infecção de diversos agentes que causam a gripe canina (Foto: reprodução)

“As vacinas intranasais e orais, por serem administradas diretamente na mucosa, apresentam início de proteção mais rápido e podem ser aplicadas em animais a partir de oito semanas de vida. Já as vacinas injetáveis são as que possuem maior potencial de prevenção contra a gripe canina, mesmo assim, não impedem que os cães sejam infectados pelos agentes”, cita.  

Inclusive, após a aplicação das vacinas intranasais ou orais, pode ocorrer tosse transitória, espirros e secreção ocular ou nasal. 

Mas, não são apenas as vacinas que previnem a tosse dos canis, outros cuidados são importantes. “Animais contaminados com a enfermidade devem ser isolados para diminuir a chance de transmissão. Também é necessário higienizar brinquedos e outros objetos que são utilizados por eles e é recomendado aos tutores higienizar bem as mãos após ter contato com esses pets”, exemplifica a doutora. 

Ela também indica que cães não vacinados evitem ambientes com superpopulação de animais, parques, creches e pet shops. Assim, as chances de contágio são menores.

FAQ

Há raças mais predispostas a desenvolver a tosse dos canis?
Não existe nenhuma comprovação científica que indique predisposição racial para a tosse dos canis. Porém, cães filhotes, não vacinados, imunossuprimidos e que vivem em canis ou abrigos possuem maiores chances de contrair a doença.

Como deve ser o protocolo vacinal da vacina contra tosse dos canis?
Para cães filhotes devem ser realizadas duas aplicações das vacinas injetáveis com intervalo de duas a quatro semanas entre elas. Já as vacinas nasais e orais são aplicadas em dose única. Todas requerem reforço anual.

Seres humanos podem se contagiar com os agentes da tosse dos canis?
A bactéria Bordetella bronchiseptica, que é um dos agentes da tosse dos canis, pode ser transmitida aos seres humanos, sendo considerada uma zoonose. No entanto, a ocorrência dessa transmissão é baixa e, quando ocorre, causa sintomas brandos em humanos sadios.

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