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Tutor deve estar atento a comportamentos dos pets que podem indicar ansiedade de separação

Por Equipe Cães&Gatos
ansiedade
Por Equipe Cães&Gatos

Cláudia Guimarães, da redação

claudia@ciasullieditores.com.br

Para algumas pessoas que possuem um animal de estimação em casa, o momento de sair para um passeio ou trabalho sem o pet pode ser preocupante. Isso porque alguns cães, especialmente, sofrem ao se distanciar de seus tutores. Esse quadro pode ser identificado como ansiedade de separação.

O médico-veterinário, mestre e especializado em Cardiologia Veterinária, professor de Clínica Médica do curso de Medicina Veterinária, da Uninassau Recife, Wagner Wesley Araujo Andrade, comenta que o termo “ansiedade” é um diagnóstico médico e não apenas uma situação. “Mas, no geral, é uma mudança de comportamento semelhante com o que acontece nos humanos, causado, principalmente, pela quebra da relação de dependência animal-tutor em decorrência da ausência deste”, discorre.

Segundo o profissional, o animal pode apresentar sinais inespecíficos, como marcação de território (urinar ou defecar em locais inapropriados). “Mas, também, pode apresentar sinais clínicos característicos da ansiedade: respiração e batimentos cardíacos acelerados, aumento da vocalização (latidos e miados mais altos), perda de apetite e até distúrbios mais severos, como cistite, gastroenterites e convulsões”, cita.

Sinais como respiração e batimentos cardíacos acelerados, aumento da vocalização (latidos e miados mais altos), perda de apetite, entre outros podem indicar o problema (Foto: reprodução)

Os cães, de acordo com Andrade, são mais propensos a sofrerem por ansiedade de separação, pois eles têm uma relação de dependência maior com o tutor. “Mas isso não quer dizer que os gatos não possam apresentar sinais de ansiedade. A diferença é que os felinos demonstram de outras formas, o que pode ser até mais preocupante, uma vez que gatos são animais mais silenciosos e discretos”, alerta.

A companhia de outro animal pode melhorar a convivência e a socialização e impedir ou, ao menos, controlar esses sinais nos pets. Mas, se ainda assim o quadro não evoluir para uma melhora, o docente da Uninassau descreve como deve ser realizado o tratamento do problema: “Envolve várias frentes: podemos lançar mão de medicamentos, mas, para isso, recomenda-se a prescrição e acompanhamento de um médico-veterinário. Porém, também pode se optar por métodos de enriquecimento ambiental (brinquedos e petiscos), fitoterápicos ou mudança na rotina do tutor”.

Treinamento também cai bem!

Outra opção considerada uma ótima alternativa por Andrade é o adestramento, além da socialização (hotel, parques, creches, day cares) com outros animais. “Mas o enriquecimento ambiental, para mim, é o melhor método para aqueles animais que ficam muito tempo em casa sozinhos. Além de trazer de volta a ancestralidade de alguns instintos, diverte e minimiza o estresse”, reforça.

O veterinário afirma que, hoje, é importante que todos saibam o conceito de família multiespécies, que são aquelas compostas por mais de uma espécie animal: ser humano, cão, gato, pássaros etc. “Dentro dessa família, alguns comportamentos característicos das espécies podem ser adquiridos e, com isso, gerar alguns distúrbios psicológicos, como o caso da ansiedade. Além disso, é importante que o tutor estimule a autonomia do animal, seja por meio de tudo que foi explicado mais acima, seja pelo adestramento. Também é essencial que o tutor, uma vez que adota ou compra um pet, entenda que aquele animal – e toda sua complexidade enquanto um ser vivo -, precisa ser levado em conta e encaixado dentro da rotina”, finaliza.

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