Com um modo de vida mais sedentário, quando comparado aos cães, os gatos necessitam que seus tutores desenvolvam uma maior atenção quando o assunto é alimentação e trato digestivo. Contudo, para isso é fundamental conhecer bem o animal e a melhor nutrição para suas necessidades, como salienta a médica-veterinária e gerente de comunicação científica da Royal Canin Brasil, Natália Lopes.
De acordo com Natália, o gato é um animal com muitas particularidades, dentre elas, o fato de passar até 30% do tempo se lambendo, e outra boa parte dormindo. A falta de atividade, associada as alterações do metabolismo após a castração, acabam aumentando o risco de se tornar obeso, o que pode gerar uma redução da atividade do trato digestivo.
No entanto, tal problema pode ser notado por alguns sinais apresentados pelo animal, como a perda de apetite, regurgitação ou vômitos, mau hálito, diarreia ou constipação, esforço para se alimentar, perda de peso e abdômen dolorido, que auxiliam na descoberta do tutor, possibilitando uma rápida ida ao veterinário.
Contudo, a médica-veterinária ressalta um outro problema comum quando se é falado sobre o trato digestivo, as bolas de pelos, comumente relatadas em gatos que vivem em ambientes internos ou tenham um estilo de vida sedentário. Segundo ela, se o animal estiver sofrendo com o problema, o tutor notará uma dificuldade do gato para engolir e frequentemente regurgitar o alimento ingerido, misturado à saliva e um emaranhado de pelos.
Para contornar os problemas digestivos da espécie, ficar atento a quantidade de alimento, formato do croquete, frequência de alimentação e composição da dieta são importantes fatores. Os felinos têm uma necessidade alta de proteína, maior do que a de cães e humanos, que é usada, entre tantas outras funções, para regenerar células do corpo, incluindo garras, anticorpos e pelagem, como explica a médica-veterinária. “Nessa ingestão de proteínas, eles precisam de 11 aminoácidos essenciais, tais como a taurina, sem a qual os felinos podem sofrer degeneração da retina e problemas cardíacos”, afirma.
Ainda de acordo com ela, a gordura é uma parte de energia densa da dieta que pode contribuir à saúde em geral dos gatos, assim como as fibras, benéficas para o trânsito intestinal, que deve ser lento o suficiente para permitir a absorção de nutrientes, mas não muito lento a ponto de provocar constipação.
O trato digestivo do um felino é um sistema sensível e complexo que precisa do cuidado certo para se manter saudável e eficaz. Sempre consulte um médico-veterinário de sua confiança para saber a melhor maneira de dar suporte ao bem-estar digestivo do animal.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.