Estabelecimentos precisam ter veterinários como responsáveis técnicos
Durante as férias, nem sempre é possível que as famílias levem seus cães e gatos para viajar. Na ausência de alguém para cuidar do animal, há a alternativa de hospedá-lo. O setor de pet hotéis dispõe de variados tipos de hospedagem e serviços aos animais de estimação. Entretanto, a escolha pelo estabelecimento deve ser cuidadosa, levando em consideração, principalmente, se existe um médico-veterinário como responsável técnico pelo local.
O profissional atua estabelecendo as diretrizes sanitárias do espaço, como a rotina higiênica do local, uma vez que as práticas para locais com esse perfil vão além das aplicadas em ambientes domésticos. O responsável técnico determinará como indispensável para a admissão de animais o uso de antipulgas, anticarrapatos, além das vacinas anuais e a vermifugação em dia.
“Se o pet hotel não atende a esses critérios, já deve ficar claro ao tutor que aquele não é um local indicado para deixar seu animal de estimação”, frisa o médico-veterinário presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), Thomas Faria Marzano.
Ele ainda comenta que os estabelecimentos mais corretos pedem, também, a apresentação de exame de fezes do animal, a fim de comprovar que o pet não possui Dirofilariose (conhecida popularmente como verme do coração) ou Giardíase.
Instalações. Observada a questão sanitária, os tutores devem se preocupar em verificar as opções de acomodações que o hotel oferece, para que consigam avaliar se atendem o perfil do animal.
A médica-veterinária e presidente da Comissão Técnica de Bem-Estar Animal, do CRMV-SP, Dra. Cristiane Schilbach Pizzuto, diz que é preciso verificar o tamanho das baias em que os animais permanecem, os espaços para interação com outros animais e, para casos de pets que não socializam com os demais, quais são as opções. “É importante verificar, também, se os profissionais que atuam na lida com os animais são capacitados para essa função tão primordial”, enfatiza.
Adaptação prévia. Cristiane orienta que seja realizada uma adaptação com visitas anteriores do pet ao hotel. “Sem essa ambientalização do animal com o local e as pessoas que fazem todo o manejo, o cão ou gato pode achar que foi abandonado e apresentar problemas comportamentais com impactos na saúde”, frisa. A sugestão da médica-veterinária é que o pet seja levado ao local duas ou três vezes antes de ser hospedado. “Se não acontecer a adaptação, deve-se pensar na opção de pet sitter, para que o animal possa permanecer em casa”, finaliza.
Fonte: CRMV-SP, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.