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Inovação e Mercado

USP desenvolve modelo de cauda de rato em silicone para substituir uso de animais vivos

Proposta inovadora busca reduzir o desconforto animal e facilitar o treinamento em procedimentos laboratoriais com menor custo e maior acessibilidade
Por Equipe Cães&Gatos
pesquisa usp
Por Equipe Cães&Gatos

Pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP) desenvolveram um modelo de cauda de rato feito em silicone, voltado ao treinamento prático de alunos em laboratórios. A inovação visa substituir o uso de animais vivos durante os treinamentos iniciais, promovendo mais bem-estar animal e aprendizado seguro. O modelo foi idealizado pelos pesquisadores Dennis Zanatto e pela professora Claudia Mori, com base em diretrizes éticas e pedagógicas da experimentação científica.

“Os modelos similares disponíveis no mercado são importados e possuem custos elevados de aquisição e manutenção. Isso inviabiliza sua aplicação em turmas grandes, nas quais cada aluno deve ter acesso individual ao modelo para praticar”, explica Zanatto. O novo modelo simula com precisão a anatomia de uma cauda real, com veias laterais representadas por um tubo em formato de U, preenchido com sangue artificial. Produzido com silicone translúcido, o dispositivo permite que os alunos pratiquem punções venosas com mais segurança e menos impacto emocional.

O protótipo, já utilizado em disciplinas como Ciência de Animais de Laboratório na FMVZ/USP, é parte de um movimento crescente por alternativas ao uso de animais em atividades didáticas. A tecnologia segue os princípios dos “Três Rs” (reduzir, refinar e substituir), definidos pelo Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal (Concea), e está registrada no repositório nacional de métodos substitutivos ao uso de animais.

Modelo de cauda em silicone simula veias de ratos e já é utilizado em aulas práticas na FMVZ/USP (Foto: Reprodução)

Com foco em democratizar o acesso e otimizar o ensino prático, o modelo foi projetado para ser de baixo custo e fácil fabricação, o que possibilita seu uso em larga escala por instituições de ensino, centros de pesquisa e profissionais da área veterinária. A intenção é permitir que cada estudante tenha seu próprio modelo durante as atividades, aumentando a eficiência do aprendizado e reduzindo a necessidade de manipulação de animais vivos.

Atualmente, o projeto está na fase de demonstração e coleta de feedback dos usuários. A próxima etapa será a validação em ambientes operacionais reais, o que poderá abrir caminho para sua aplicação em outras áreas de ensino e pesquisa. A equipe também planeja melhorias na textura, resistência e durabilidade do material, com o objetivo de suportar múltiplas perfurações sem vazamentos.

Além do uso em treinamentos de punção venosa, o grupo pretende ampliar a iniciativa com o desenvolvimento de novos modelos anatômicos em silicone. A proposta é criar uma linha completa de simuladores que possam substituir o uso de animais vivos em diversas práticas laboratoriais, contribuindo para o avanço ético e tecnológico no ensino da Medicina Veterinária e áreas correlatas.

Fonte: FMZV USP, adaptado pela equipe Cães e Gatos.

FAQ: Modelo de Cauda de Rato em Silicone da FMVZ/USP

1. Qual é o objetivo principal do modelo de cauda de rato em silicone desenvolvido pela FMVZ/USP?
O modelo de cauda de rato em silicone foi desenvolvido para substituir o uso de animais vivos durante o treinamento de alunos em procedimentos laboratoriais, como punção venosa. A principal meta é proporcionar mais bem-estar aos animais e oferecer um ambiente de aprendizado mais seguro e ético para os estudantes.

2. Como o modelo em silicone simula a cauda de um rato real?
O modelo é feito de silicone translúcido e possui um tubo interno em formato de U, que simula as veias laterais dos ratos. Este tubo é preenchido com sangue artificial, permitindo que os alunos pratiquem punções venosas com mais realismo e sem causar desconforto a animais vivos.

3. Quais são os próximos passos para o modelo de cauda de silicone?
O projeto está atualmente em fase de demonstração, com testes sendo realizados em disciplinas da FMVZ/USP. A próxima fase envolve a validação em ambientes operacionais reais. O objetivo é melhorar a textura, resistência e durabilidade do material para garantir seu uso em larga escala e em diversas áreas do ensino e pesquisa.

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