Cláudia Guimarães, da redação
Os cuidados com os animais de estimação devem se iniciar desde antes de tê-los em casa. É necessário checar as limitações da família para se adaptar ao novo morador, em casos de adoção, por exemplo, e, caso o pet seja comprado de canil ou gatil, é importante investigar as condições do local e a responsabilidade dos criadores.
Após uma recente atualização no Facebook, sua política de comércio agora proíbe a venda dentro da rede social. As pessoas podem denunciar à plataforma sempre que se deparar com publicações de venda de pets, seja em grupos, páginas ou na linha do tempo de qualquer usuário. A opção “Denunciar publicação” é acessada por meio de um menu que surge ao clicar no ícone, localizado no canto superior direito de cada publicação. Após indicar o conteúdo da publicação, a última etapa da denúncia é “Enviar ao Facebook para análise”.
Sobre o tema, o médico-veterinário Fabiano Oliveira alega que este tipo de ferramenta é importante, pois inibe as tentativas do comércio irregular. “As redes sociais podem ser utilizadas de forma positiva para levar informações aos tutores, porém, também podem ser exploradas de forma inadequada, o que acaba atrapalhando o bom trabalho dos criadores sérios que se dedicam buscando excelência e filhotes de linhagem em bom estado de saúde”, comenta.
Veterinário alega que este tipo de ferramentaé importante, pois inibe as tentativas docomércio irregular (Foto: reprodução)
Para o veterinário, quando se trata de pessoas que agem de má fé, essas atitudes podem atingir os animais que estão sendo vendidos de uma forma prejudicial. “Isso porque alguns vendedores podem omitir dados importantes sobre a saúde dos pets: filhotes e matrizes e padreadores, visto que, muitas vezes, o comprador foca apenas na imagem bonita e esquece dos outros detalhes na hora da aquisição”, argumenta.
O comércio ilegal de animais realizado por pessoas não especializadas acarreta muitos dissabores aos tutores, de acordo com Oliveira, visto que quem adquirir um animal com alguma patologia que poderá manifestar sintomas após um período da compra, acaba se frustrando. “E muitos proprietários não entendem que o animal necessitará, por exemplo, de tratamentos prolongados, gastos que não estavam previstos, consultas veterinárias etc”, adiciona.
Oliveira destaca que é importante que uma ninhada de filhotes tenha o acompanhamento de um veterinário, pois esse profissional está apto a reconhecer algumas divergências no que tange à saúde do animal. “Além disso, podemos recomendar tratamentos específicos, orientar sobre suporte nutricional e manejos, tudo a fim de obter uma boa saúde aos filhotes”, declara.
Comprar ou adotar? Essa é uma questão polêmica e controvérsia, na concepção do profissional: “Eu, particularmente, acredito que, com tantos animais errantes necessitando de um lar, podemos dar oportunidade para esses os adotando. Quando você adota, tem suas vantagens: além de estar fazendo um bem para a vida de um ser, também estará se beneficiando por meio de um carinho e gratidão imensurável que eles proporcionam”, discorre. Oliveira ainda declara que gosta da ideia de adotar os animais sem raça definidas, famosos vira-latas, por saber que, assim, é possível possui um animal exclusivo, onde ninguém mais terá outro igual, desapegando de estereótipo ou fenótipo.
Ao adquirir um animal, o veterinário orienta uma pesquisa prévia a respeito da idoneidade dos vendedores. “Converse com outras pessoas que já adquiriram, consulte um profissional para que não tenha decepções futuras. Não se deixe levar pela empolgação e saiba que, ao comprar um pet, você estará adquirindo responsabilidade para com ele e alguns gastos necessários para mantê-lo saudável e com qualidade de vida serão necessários”, finaliza.
Saiba como denunciar uma publicação:
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