Procedimento é simples e evita diversos problemas de saúde e populacional
Nos últimos seis anos, a população de gatos aumentou 20% no Brasil, chegando à marca de 23 milhões. Os dados são do último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, Rio de Janeiro/RJ), realizado em 2017.
Não é à toa que os felinos estão ganhando cada vez mais a preferência dos tutores. Conhecidos como “independentes”, são ótimas opções de animais de estimação, considerando o estilo de vida cada vez mais agitado e os lares cada vez menores (um resultado da verticalização das cidades) de boa parte da população brasileira.
Mas, apesar do cuidado fácil, é importante que o tutor preste atenção em alguns itens essenciais para a saúde e o bem-estar do animal. Entre os principais, têm destaque as visitas regulares ao médico-veterinário, a nutrição adequada e a castração, que contribui não apenas para a saúde do animal, mas, também, para o controle populacional da espécie.
E, apesar de o procedimento ser cada vez mais adotado, ainda há muitas dúvidas, desde sobre o processo e seus benefícios, até os cuidados extras necessários. A veterinária da Royal Canin Brasil (Descalvado/SP), Natália Lopes, ajuda a esclarecer algumas questões sobre o tema.
Segundo ela, o procedimento cirúrgico é simples: consiste na remoção dos órgãos sexuais responsáveis pela reprodução do animal, ou seja, dos testículos, para os machos e dos ovários ou ovários e útero para as fêmeas. “Ele costuma ser feito a partir dos 6 meses de vida do animal e cada clínico pode adotar um protocolo específico, podendo ser realizado, também, no animal adulto”, comenta.
Benefícios. Um grande destaque é a redução das “fugas” em até 94%, diretamente relacionada à expetativa de vida duas vezes maior do que a de um gato que não passou pelo procedimento, já que ele se torna menos suscetível a doenças infecciosas contraídas na rua, a acidentes, traumatismos, intoxicações e maus-tratos. “Além disso, evita a reprodução indesejada, o abandono de animais e as doenças do sistema reprodutivo – especialmente nas fêmeas, em que reduz o risco de tumor de mama e de doenças uterinas”, explica.
Alterações hormonais. Estas, causadas pela castração, demandam certos cuidados extras e a alimentação de qualidade e adequada às necessidades de cada felino é uma ótima aliada dos tutores no cuidado diário com os felinos. “Estudos mostram que o gato castrado fica menos ativo fisicamente e, consequentemente, gasta menos energia. Se ele continuar ingerindo o mesmo alimento de antes, na mesma quantidade, pode acabar com sobrepeso”, alerta.
Logo após a cirurgia, o gato castrado aumenta a sua ingestão voluntária de alimentos. Em gramas, um macho castrado tende a comer 26% a mais e a fêmea castrada 18% a mais, se mantido alimento em quantidade à vontade. “Então, vale mesmo a pena castrar? Com certeza! Os benefícios da castração ainda são mais vantajosos do que os pontos de atenção. Além disso, com a adequação da rotina, especialmente a adoção de uma dieta desenvolvida especialmente para os pets castrados, que reduz calorias, enquanto mantem a saciedade, o animal terá uma vida normal e saudável”, considera.
A Royal Canin desenvolveu a linha Sterilised, composta por produtos que atendem as necessidades dos gatos castrados desde a fase de filhote até se tornar idoso. Eles contêm os nutrientes adequados e fibras específicas, que contribuem para a saúde e a sensação de saciedade do animal.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.