Esse é um tema pouco discutido, mas que merece atenção: o tabagismo pode causar danos à saúde dos animais de estimação. No Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado neste fim de semana, 31 de maio, a Cobasi destaca que a exposição frequente à fumaça do cigarro transforma cães, gatos e outros pets em fumantes passivos, trazendo riscos sérios à saúde.
Segundo a médica-veterinária e analista de Educação Corporativa da Cobasi, Lysandra Guidi, os danos são tão graves quanto os enfrentados por humanos. “A nicotina, por exemplo, é extremamente tóxica para os animais de companhia e pode desencadear problemas imediatos e crônicos”, explica.

Cães, gatos, aves, roedores e até peixes podem ser afetados, no entanto, os gatos estão entre os mais vulneráveis. “Eles se lambem com frequência e acabam ingerindo partículas tóxicas que se acumulam nos pelos, na pele e no ambiente. Isso eleva muito o risco de doenças, inclusive câncer”, alerta a especialista.
As consequências da fumaça do cigarro para estes animais são: doenças respiratórias — como bronquite, asma, pneumonia e tosse persistente — até problemas neurológicos, cardiovasculares, irritações de pele e mucosas e diferentes tipos de câncer. Mas os riscos não vêm apenas da fumaça. Bitucas e cigarros largados em locais acessíveis podem causar intoxicações graves se ingeridos, sem contar as cinzas e pontas acesas, que oferecem risco de queimaduras e irritações. “Além disso, os resíduos tóxicos do cigarro se fixam em superfícies da casa, roupas e até na pele dos próprios animais, contaminando o ambiente em que eles vivem”, acrescenta.
Os tutores fumantes devem adotar cuidados simples, mas importantes, que protegem seus animais. “Evite fumar perto dos animais, especialmente em ambientes fechados como casa e carro. Após fumar, higienize as mãos, troque de roupa e mantenha o ambiente sempre limpo, com atenção especial para tapetes, cortinas e estofados”, recomenda a veterinária.
E, se notar dificuldade para respirar, tosse, olhos lacrimejantes, cansaço excessivo, salivação intensa, vômitos e até alterações comportamentais, como apatia ou irritabilidade, tutor deve ter em mente que estes são alguns sinais de que o pet pode estar sofrendo com a exposição à fumaça e procurar atendimento veterinário. Além disso, em aves, é comum observar respiração de bico aberto.
“Se o tutor notar qualquer mudança incomum no comportamento ou na saúde do animal, deve procurar um médico veterinário imediatamente e informar sobre a presença de fumantes no ambiente. Esse detalhe pode ser essencial para um diagnóstico mais rápido e preciso”, finaliza Lysandra.
Fonte: Cobasi, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
FAQ
O cigarro faz mal para os animais de estimação?
Sim. A fumaça do cigarro transforma cães, gatos, aves, roedores e até peixes em fumantes passivos. Eles podem desenvolver doenças respiratórias, neurológicas, cardiovasculares, irritações e até câncer. Os gatos são especialmente vulneráveis por se lamberem com frequência e ingerirem partículas tóxicas acumuladas nos pelos.
Além da fumaça, o que mais oferece risco ao pet?
Bitucas, cigarros acessíveis, cinzas e pontas acesas representam riscos de intoxicação, queimaduras e irritações. A nicotina presente nesses resíduos é extremamente tóxica para os animais, podendo causar desde vômitos até alterações comportamentais graves.
O que os tutores fumantes devem fazer para proteger seus pets?
Evitar fumar perto dos animais, especialmente em ambientes fechados, higienizar as mãos e trocar de roupa após fumar, além de manter a casa limpa — com atenção a estofados, cortinas e tapetes. Se o animal apresentar sinais como tosse, cansaço, olhos lacrimejantes ou mudanças de comportamento, o tutor deve procurar um veterinário e informar sobre a presença de fumaça no ambiente.
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