Buscar na cães e gatos

Pesquisar
Close this search box.
- PUBLICIDADE -
Pets e Curiosidades

Veterinárias explicam: é permitido dar banho no pet durante o inverno?

Profissionais especializadas em dermatologia falam sobre cuidados nesta época do ano
Por Equipe Cães&Gatos
banho no inverno
Por Equipe Cães&Gatos

Uma questão geralmente aflora aos tutores toda vez que a temperatura cai: e o banho no pet? Qual a frequência ideal? Profissionais do Hospital Veterinário Taquaral (HVT), de Campinas (SP), elucidam as dúvidas mais frequentes sobre o tema. 

As doutoras especializadas em Dermatologia do HVT, Fabiana Vitale e Débora de Souza, explicam que não há uma receita de bolo quanto à necessidade de banho e à frequência ideal.

“Depende se ele tem alguma alergia e o banho faz parte da terapia; se ele tem alguma doença; depende do ambiente onde ele vive, se dorme na cama do tutor etc. A frequência vai depender das características de cada pet”, conta Débora.

A especialista conta que o banho vai depender também se o cão tem alguma doença ou indicação para tratamento de alguma terapia contra alergia. O recomendado, afirma, é dar o banho em petshop para que ele possa ser seco inteiramente, já que em casa não costumamos ter a metodologia e os equipamentos profissionais. “E, se for um cão com pouco acesso a rua, não há problema em espaçar os banhos neste período mais frio, caso o tutor não faça questão do odor característico do animal”, define.

Secagem, uso de perfumes e corte de unhas: veterinárias explicam principais dúvidas (Foto: divulgação)

E quanto ao shampoo, Débora e Fabiana enfatizam: é preciso atenção quanto ao tipo utilizado. “O PH da pele do animal é diferente do PH da pele humana. Então, o ideal é usar produtos para pets”, diz Débora e acrescenta: “Se for um animal que não tem problema de pele, pode ser um shampoo neutro. Se o animal tiver pele ressecada, a indicação é um shampoo com hidratante. Caso tenha alguma doença, ou mesmo caspa, é preciso usar o shampoo terapêutico”.

Fabiana ainda lembra sobre a possibilidade de aplicar shampoo preparado em farmácia de manipulação, que será produzido especialmente para as necessidades daquele cão: “Na consulta com o dermatólogo essas questões serão determinadas. É preciso ter muito zelo na hora do banho para que nenhum produto entre nos olhos do cão, pois ardência e irritação podem tornar o momento bem desgastante para todos”.

Outro aspecto envolve a secagem do cão. Se ele tiver pelo curto e o banho for pela manhã ou o dia estiver quente, não há problema em deixar o animal secar ao ar livre, conta Fabiana. “Mas, se o pelo for longo, tiver camada dupla de pelos, é bom que se use o secador caseiro ou que o encaminhe ao petshop. A pelagem úmida pode gerar infecções bacterianas, agravar quadros de alergia ou outros problemas”, conta.

Débora ainda pontua sobre o uso de perfumes: “Temos que pensar que é um animal. Muitas vezes pensamos no nosso prazer em sentir o cheirinho do perfume que a gente gosta no nosso pet. Mas ele se sentirá confortável? Ele pode começar a espirrar e vai se lamber inteiro para tirar a fragrância”.

E, por mais que pareça simples, o corte de unhas precisa de atenção. “Há de se ter cuidado com os vasos que irrigam as unhas. Cortar nesta região é doloroso, pode sangrar e a ação tornar-se um caos, pois o animal pode ficar com a memória dessa sensação e não permitir mais que corte suas unhas”, diz Fabiana.

Outra dúvida frequente aos tutores é o risco de otite, por conta do contato com a água. Já que cães nadam em lagos, piscinas e praias, e o contato com a água não causa otite, não é preciso higienizar os ouvidos na hora do banho, pois as orelhas são “autolimpantes”. 

“Fisiologicamente, existe um fluxo que empurra a sujeira e a cera para fora. Muitas vezes a otite pós banho é motivada pela remoção de detritos por limpadores auriculares que muitos petshops antigos ainda utilizam”, explica Fabiana. 

O movimento da ferramenta machuca o canal auditivo e, aí sim, essa manobra pode provocar a otite. Há locais de banho de animais que estão desatualizados quanto ao uso desse dispositivo. “O tutor deve se atentar a detalhes como este na hora de escolher onde vai levar o seu pet”, finaliza.

Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.

LEIA TAMBÉM:

Veterinário indica os sinais da Ansiedade de Separação nos pets

Lançamentos, conhecimento e interação: Confira as ações das empresas durante o CBA

Quais os riscos de uma dieta caseira desbalanceada?

Compartilhe este artigo agora no