As campanhas de saúde ajudam a cuidar melhor dos animais de companhia. Neste mês internacional de combate às doenças renais, o Março Amarelo, é preciso ficar alerta sobre o problema que é uma das principais causas de morte dos pets, principalmente entre os mais velhos.
Com o aumento da expectativa de vida, essas doenças estão mais frequentes, com a prevalência maior em gatos. Por isso, as visitas periódicas ao veterinário são a melhor forma de detectá-las precocemente e de ter um bom resultado no tratamento”, explica o especialista em nefrologia da Petz (São Paulo/SP), Anderson Yukio Calazans Yogi.

Não existe cura para a doença renal crônica, mas, sim,o controle da sua progressão (Foto: reprodução)
O pet é considerado doente renal crônico quando as alterações nos exames são persistentes por mais de três meses ou quando ocorrem alterações de forma abrupta, como nas doenças renais agudas. O problema acomete tanto cães como gatos, trazendo risco à vida dos pets. De acordo com Yogi, essas doenças devem ser controladas e diagnosticadas por meio de exames de sangue, urina e de imagens, para evitar o comprometimento cardiovascular, esquelético, neurológico, hematopoiético e digestivo.
A dica do profissional é observar a rotina dos pets e fazer check-up duas vezes por ano. Os principais sinais são: aumento da ingestão de água, aumento ou diminuição do volume de urina, urina clara, cansaço, fraqueza e prostração, hálito forte, falta de apetite e emagrecimento, dificuldade para urinar, vômito e alteração na coloração e consistência das fezes.
Segundo ele, não existe cura para a doença renal crônica, mas, sim, o controle da sua progressão. “O tratamento, em alguns casos, é realizado com utilização de fluidoterapia, controle do desequilíbrio eletrolítico e ácido-base, de alterações hormonais, da hipertensão e com dieta adequada, por exemplo”, enumera.
Algumas raças são mais propensas à doença renal crônica familial como beagle, cocker, lhasa apso, shih tzu, maltês, schnauzer e sharpei. Em gatos, maine coon, abissinio, siamês, russian blue e persa são mais suscetíveis.
Yogi explica que os hábitos saudáveis ajudam a diminuir os riscos da enfermidade, como manter uma boa dieta com ração de qualidade, água à vontade, visita veterinária com frequência, controle de pulgas e carrapatos e vacinação em dia. “Mas, com a idade, é importante exames periódicos em intervalos menores para diagnóstico precoce das possíveis alterações”, orienta.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.