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Pets e Curiosidades

Veterinário explica como funcionam as alergias a pets e quais as soluções

Algumas raças, tanto de cães quanto gatos, são consideradas hipoalergênicas
Por Matheus Oliveira
alérgico ao cachorro
Por Matheus Oliveira

Quando pensamos em alergias, sempre vem em mente os pelos dos cães ou gatos. Infelizmente, essa reação alérgica é comum para diversas pessoas, mas que, mesmo assim, sua paixão pelos animais não os desmotiva de ter algum pet.

O médico-veterinário Alex Diniz destaca que esse pensamento de alergia a cães e gatos pode gerar confusão. “Isso se dá, justamente, por serem os pets mais comuns de terem nos lares hoje em dia, o que resulta em eles serem associados mais vezes com alergias. Mas qualquer espécie pode acabar tendo relação com um quadro alérgico em pessoas que são mais sensíveis, seja pássaros, coelhos (lagomorfos), roedores, cavalos, entre outros”, destaca.

Cães da raça schnauzer são uma opção para os tutores alérgicos a cães (Foto: Reprodução)

A procura de algum pet por tutores alérgicos pode ser motivada na busca por algum animalzinho que não cause essa reação indesejada. O profissional destaca que “o ideal é sempre buscar uma opção que se encaixe com a rotina daquele tutor, não necessariamente só nessa questão de ser alérgico ou não, mas o pet que o tutor consiga administrar os cuidados na sua rotina diária, respeitando as necessidades da espécie, o que eles precisam para manter seu bem-estar e assim criar uma relação boa tanto para o pet quanto para o tutor”.

Mas aos alérgicos, há boas notícias! O veterinário Alex reforça a existência de animais que conseguiram burlar essa reação. “Algumas raças, tanto de cães quanto gatos, são ‘hipoalergênicas’, ou seja, são raças que têm menor produção de substâncias alérgenas aos humanos e que podem ser uma opção também para esses tutores”.

Mas, a alergia que tenho de gatos, é do pelo deles?

Diferentemente do que pensamos popularmente, a alergia não é causada necessariamente por meio do pelo dos animais. Segundo o veterinário, “nos gatos em questão, o que gera essa alergia, na maior parte das vezes, é uma proteína que o felino possui (FelD1). Essa proteína pode estar presente nas glândulas sebáceas do animal, que estão ali em sua pele e na saliva”. Como sabemos, os gatos possuem o costume de higienizar o corpo se lambendo, o que faz com que essa proteína seja espalhada pelo corpo do felino, causando reações indiretas por meio do pelo.

O veterinário Alex Júnior destaca que os pets também podem desenvolver reações alérgicas (Foto: Arquivo Pessoal)

Ou seja, em muitos casos, pode ser que o que cause a alergia nos humanos seja a saliva e não os pelos dos bichanos. O que é uma notícia triste para os apaixonados pelo gato da raça Sphynx, que, mesmo sem pelos, ele pode conter a proteína que desencadeia a alergia. Em compensação, o profissional destaca que “em algumas raças ‘hipoalergênicas, o que difere nelas são a produção desse alérgeno, como os gatos da raça siberiano e azul russo, por exemplo”.

E os cães? Funciona do mesmo jeito?

Quando pensamos nos caninos, o conceito é parecido, pois também há a produção de proteínas que causem essa reação alérgica. “Em cães a proteína alérgena é a CanF1 até CanF6, presentes na saliva, urina, pelagem, glândulas sebáceas e outros”.

Aos amantes dos cães que são alérgicos, também existem os cãezinhos “hipoalergênicos”. De acordo com o veterinário, “alguns exemplos de raças desse tipo são o schnauzer, shih-tzu, galgo italiano. O shih-tzu e o schnauzer por exemplo, são raças bastante peludinhas, porém eles tem uma menor queda de pelo (característica que auxilia nessa questão) e também carregam menos alérgenos na saliva, glândulas sebáceas, pele e pelagem (menor produção de alérgenos).”

E se eu já tenho um pet e desenvolvo uma alergia, o que fazer?

Infelizmente, é comum entre os humanos o desenvolvimento de alergia com o passar dos anos. Este cenário pode ser muito desanimador quando temos algum animal em casa, que já é parte da nossa família e, com certeza, não queremos ter que doar o pet.

Neste caso, o profissional apresenta algumas recomendações, como, por exemplo, remover alguns itens que possam acumular pelos (como tapetes, cortinas, móveis estofados, etc.). “O espaço de circulação do pet também pode ser controlado, deixado mais limitado, evitando o contato com camas, sofás, roupas e outros itens dos tutores. Um espaço específico também pode ser implementado na casa, garantindo que não haja a proliferação dos pelos por outros cômodos. Também é recomendado que, após o contato com o animal, as roupas sejam trocadas, além de manter a casa limpa e livre de pelos espalhados”, recomenda.

Manter a casa limpa e livre de pelos pode ajudar nos casos alérgicos (Foto: Reprodução)

E meu animal de companhia pode desenvolver alergias também?

Muitos tutores pensam nesse cenário, já que as reações alérgicas são comuns tanto para humanos como para animais. É bastante comum a procura de veterinários pelos tutores, indicando algum quadro alérgico dos pets. “Os animais podem desenvolver reações alérgicas devido ectoparasitas (como pulgas e carrapatos), alimentares (em pets que possuem uma sensibilidade alimentar devido a algum ingrediente ou proteína), fungos e bactérias, alérgenos presentes no ambiente (como ácaros, poeira, pólens), produtos como shampoos e perfumes ou, até mesmo, derivado de algum fator genético ou autoimune do animal”, enumera.

Sempre pensando no bem-estar e na saúde dos animais, em caso de dúvidas, os tutores devem procurar um médico-veterinário de sua confiança. Assim, poderão esclarecer todas as dúvidas e proporcionar uma convivência harmoniosa e prazerosa para ambos.

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