Uvas e passas, doces, nozes e pratos temperados podem ser tóxicos
Para muitos, a ceia de Natal é o momento mais esperado das comemorações de fim de ano. Além da companhia especial, mesas fartas e variadas marcam a data, o que exige muito cuidado do tutor para que os animais de companhia não consumam determinados alimentos.
Por isso, o médico-veterinário e analista de desenvolvimento de produtos da Vetnil, Kauê Ribeiro da Silva, aponta alguns alimentos que não devem ser ofertados, como uvas e passas. Segundo ele, “as uvas são frutas amplamente consumidas nas festas de fim de ano, in natura ou em passas. Porém, ainda que muitos humanos as adorem, o alimento pode gerar intoxicações graves nos pets, causando problemas renais e quadros que podem até evoluir a óbito”.
As carnes e demais pratos temperados também não fogem do aviso. Como explica o profissional, “um bom prato natalino certamente estará repleto de alho e cebola. Esses vegetais, pertencentes ao gênero Allium, podem causar alterações sanguíneas (oxidação da hemoglobina) significativas nos pets, mesmo em quantidades pequenas ou após terem sido cozidos”.
Também se encontram na lista as nozes, especialmente da macadâmia. “Presentes em diversos alimentos, são tóxicas aos pets, podendo gerar diarreia, vômito, hipertermia, taquipneia (respiração mais rápida), pancreatite e reações alérgicas”, pontua da Silva.
Já sobre os doces, que despertam uma maior preocupação, o médico-veterinário conta que os mais perigosos são o chocotone, o pavê e quaisquer outros que tenham chocolate e receitas que levem leite condensado. “É importante destacar também que doces diets, apesar de serem considerados mais saudáveis para os humanos, podem ser ainda mais prejudiciais aos pets. Alguns adoçantes normalmente utilizados, como o xilitol, são altamente tóxicos e causam quadros severos de hipoglicemia, gerando fraqueza intensa e até convulsões”, afirma o veterinário.
Por fim, o veterinário ressalta que, em geral, a maioria dos alimentos consumidos nessa época do ano pode gerar diarreia e/ou vômito nos pets, pois são alimentos “estranhos” para o trato digestivo deles. Para evitar passar as festas com alguém da família passando mal, é aconselhável guardar os alimentos da ceia somente para os humanos. O que o pet vai precisar é a companhia de seus tutores e de uma dieta adequada, com petiscos, suplementos e produtos específicos para ele”, finaliza o profissional.
De olho nos ossos. “Sabemos que os cães principalmente adoram ossos, mas não é recomendado oferecê-los, já que podem ser engolidos inteiros e obstruir porções do sistema digestivo, podendo levar o cão a precisar passar por uma cirurgia rapidamente. Além disso, mesmo que sejam triturados, eles podem formar lascas que perfurem diferentes partes do estômago ou intestino, o que também pode ser fatal”, alerta o da Silva.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.