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VETERINÁRIOS OPINAM SOBRE PEDIDO DE AJUDA DE YOUTUBER PARA SUAS PUGS

VETERINÁRIOS OPINAM SOBRE PEDIDO DE AJUDA DE YOUTUBER PARA SUAS PUGS Profissionais defendem que há limites para o uso da web nessas situações
Por Equipe Cães&Gatos
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Por Equipe Cães&Gatos

Profissionais defendem que há limites para o uso da web nessas situações

Cláudia Guimarães, da redação

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A publicação sobre a youtuber Kéfera rendeu alguns debates entre médicos-veterinários. A atriz, recentemente, pediu ajuda a profissionais, por meio de vídeos em seu Instagram, a respeito do problema de pele de suas duas cadelas da raça Pug. Os animais estavam recebendo medicamento, tiveram a alimentação alterada para obter melhora no quadro, mas todas as tentativas foram fracassadas.

Ana Carolina

“No dia em que um tutor conseguir fazer o uploaddo seu animal para consulta, eu não cobro enem saio mais de casa”, declara a veterináriaAna Carolina (Foto: divulgação)

Apesar de estar enfrentando um problema que nenhum tutor quer vivenciar com seus pets, sua conduta em pedir ajuda em vídeos ao invés de comparecer a um consultório veterinário gerou críticas. A médica-veterinária e sócia proprietária da Clínica de Medicina Veterinária Integrativa O Tao do Bicho (São Paulo/SP), Ana Carolina de Mello Pinta Magalhães, imagina que a youtuber deva ter total desconhecimento de que não se pode realizar um atendimento on-line. “A moça é jovem, está acostumada a buscar solução para todos os problemas da forma mais rápida e econômica: a internet”, considera.

Já o médico-veterinário e sócio proprietário da Cyrus Medicina Veterinária Avançada (João Pessoa/PB), Fábbio Ygor Silva Rezende, considera compreensível que pedidos de ajuda ocorram de forma on-line, pois, em relação a problemas dermatológicos, animais que se coçam acabam causando transtorno a toda uma família. “Muitas vezes ocorre a procura de clínicos gerais para solucionar o problema, porém, boa parte das doenças dermatológicas não tem cura e, por isso, devem ser trabalhadas com tratamento de controle”, declara e frisa, ainda, que cada enfermidade apresenta protocolos diferentes que necessitam de conhecimentos específicos.

Na visão de Ana Carolina, a atriz, bem como todos os tutores, sob circunstância alguma, deve trocar o atendimento de um profissional especializado, por informações, que nem se sabe se são corretas, na internet. A veterinária também faz um alerta sobre a automedicação, apesar de, no vídeo, Kéfera não explicar se o remédio oferecido aos animais possui uma prescrição. “Todos sabemos que não se deve fazer automedicação sem a indicação de um profissional. Não estudamos anos a fio para que uma bula ou informações na web, ou até mesmo dicas do vizinho, resolvam os problemas de saúde que possam existir”, defende e revela que possui mil casos sobre tutores que fizeram medicação em seus animais por conta própria. “A maioria deles não acaba bem. Por isso, explicar que essa atitude pode acarretar problema faz com que o proprietário tenha mais consciência, já que ninguém quer perder seu pet. A educação por meio de exemplos do que deu errado cabe muito bem aqui”, destaca.

Fabbio

“Só o médico-veterinário, após uma avaliação clínica,consegue diagnosticar o problema”, atesta oprofissional Fábbio Rezende (Foto: divulgação)

Rezende defende a que procura de esclarecimentos da web, quando realizada, deve ser em sites confiáveis com artigos de base científica. “Esses esclarecimentos podem e devem ser feitos, para conhecer sobre a doença de seu animal e nunca para a automedicação, que já se torna algo perigoso”, opina e, em sua visão, a web pode ajudar informando sobre a importância de vermifugar os animais, sobre protocolo de vacinação e prevenção de várias doenças infectocontagiosas.

Ele também discorre sobre os riscos da oferta de remédios sem prescrição aos animais de companhia: “Existem raças e espécies que possuem intolerância a alguns princípios ativos com grande risco de morte. Por isso, o médico-veterinário sempre deve ser consultado, pois é o único profissional habilitado”, atesta. Rezende também menciona um exemplo de caso de automedicação: “O cão de uma amiga melhorou da diarreia com um determinado produto, mas isso não significa dizer que o mesmo produto irá resolver a diarreia de outro animal, pois o sintoma pode ocorrer por conta de verminose, vírus, intolerância alimentar e muitas outras coisas. Só o médico-veterinário, após avaliação clínica, consegue diagnosticar o problema e, assim, prescrever a medicação específica, evitando riscos à saúde do animal”.

Em suma, o veterinário percebe que, nos dias atuais, os cães e os gatos são tratados como filhos e, por isso, as pessoas se preocupam com a saúde deles e, dessa forma, acredita ser compreensível a interação, cada vez maior, na internet. “Devido a tudo isso, a Medicina Veterinária tem avançado tanto quanto a Humana, com várias formas de diagnósticos e tratamentos sofisticados, permitindo, assim, maior qualidade de vida para os pets”, avalia.

Por outro lado, outra situação do dia a dia observada por Ana é sobre a informação de fácil acesso à disposição de qualquer pessoa e daí vem o filtro dos tutores para saber discernir o que é, realmente, verdadeiro e aplicável e o que pode ser perigoso. “O médico-veterinário tem que ter a consciência de que o atendimento presencial é indispensável. Na faculdade, aprendemos que a semiologia lança mão dos sentidos para funcionar. Palpar, examinar, sentir os odores, auscultar, tudo isso é indispensável. No dia em que um tutor conseguir fazer o upload do seu animal para consulta, eu não cobro e nem saio mais de casa”, assegura.

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