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Clínica e Nutrição

VIDEOLAPAROSCOPIA É NOVA REALIDADE PARA PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS EM PETS

Por Equipe Cães&Gatos
Por Equipe Cães&Gatos

Cláudia Guimarães, da redação

claudia@ciasullieditores.com.br

“Evolução da cirurgia atual” é a definição dada à videolaparoscopia pelo professor associado da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF, Campos dos Goitacazes/RJ) e pesquisador de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq, Brasília/DF) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj, Rio de Janeiro/RJ), André Lacerda de Abreu Oliveira. O profissional ministrou uma apresentação no 14º Conpavepa, no dia 14 de setembro, sobre quando indicar essa técnica.

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Oliveira explica que, para o médico-veterinário utilizar a técnica, necessita de capacitação para sua realização, o que exige um treinamento (Foto: C&G VF)

A prática, segundo ele, utiliza novos instrumentos e um conjunto de microcâmeras, o que faz ser possível a realização de operações habituais com menor trauma e melhor recuperação dos pacientes. São realizadas algumas incisões minúsculas, com cortes de meio a um centímetro, para que seja possível a passagem da câmara de vídeo e outros equipamentos necessários para a cirurgia. Podem ser utilizadas pinças ou outros instrumentais cirúrgicos próprios para a movimentação, apreensão e secção dos órgãos da cavidade e, por se tratar de um procedimento cirúrgico, existe a necessidade de submeter o animal à anestesia. 

Com o treinamento adequado, o processo poderia ser efetivado na maioria dos procedimentos que, atualmente, são executados com a cirurgia tradicional, com ganhos no controle da dor e das complicações, como declarado pelo especialista. “Castração, inseminação cirúrgica, nefrotomia e nefrectomia (cirurgia nos rins), colecistectomia (retirada da vesícula), remoção de cálculos de bexiga, nódulos abdominais e hérnias, assim como a exploração diagnóstica, são exemplos de operações que podem ser efetuadas com o método”.

Oliveira explica que, para o médico-veterinário utilizar a técnica, necessita de capacitação para sua realização, o que exige um treinamento mais laborioso e, também, a necessidade de um investimento inicial maior para a compra do equipamento. “Este tipo de cirurgia oferece menor invasibilidade, uma recuperação mais rápida, menos dor e menor taxa de morbidade e mortalidade”, menciona.

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Cirurgia oferece menor invasibilidade, uma recuperação mais rápida e menos dor (Foto: reprodução)

O especialista conta que a técnica representa a evolução natural da cirurgia atual, no entanto exige um treinamento maior e um custo inicial dispendioso e descreve a utilização da mesma na Medicina Veterinária brasileira: “Não está sendo realizada plenamente, no entanto, vários centros começam a oferecer essa possibilidade e o interesse pelo tema tem aumentando”.

Quase todas as cirurgias que são realizadas com as técnicas tradicionais põem ser executadas por meio da videolaparoscopia, como explana o profissional. “Também devem ser explorado os mesmos critérios e avaliações pré-operatórias que já são realizadas na cirurgia aberta. Após a cirurgia, no geral, os cuidados são menores e a recuperação melhor, devido ao menor trauma”, esclarece.

O custo do procedimento, de acordo com Oliveira, sem incluir o investimento inicial na compra dos equipamentos, é similar ou menor do que a cirurgia aberta. Além disso, a despesa com internação, controle da dor e resolução de complicações é menor. “O uso da tecnologia em busca de melhores resultados, bem como maior conforto do paciente e menor taxa de complicações, deve representar uma busca constante e a videolaparoscopia representa tudo isso. Na Medicina já é uma técnica consagrada e em nosso meio necessita ainda de sua consolidação e nossa sociedade já vem reconhecendo dessa forma”, pondera.

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