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Pets e Curiosidades

Você sabe como socorrer seu pet? Veterinária dá algumas dicas sobre como agir em situações de emergência

Saber o que fazer nestes momentos é essencial e os tutores devem sempre ficar atentos aos sinais e sintomas
Por Matheus Oliveira
cachorro e medica
Por Matheus Oliveira

Nas residências com pets, acidentes são eventos que requerem resposta rápida e eficaz dos tutores. As primeiras ações dos tutores podem ser essenciais para salvar a vida do animal e, principalmente, proporcionar uma boa recuperação. A médica-veterinária e intensivista do Veros Hospital Veterinário, Paloma Calerio dos Santos, compartilhou algumas dicas em primeiros socorros para animais.

A rápida intervenção dos tutores é muito importante para salvar a vida do animal (Foto: Reprodução)

1. Fraturas e traumas: Em casos de acidentes traumáticos, como quedas, é essencial observar sinais de fraturas, como inchaço e dor intensa. “Evite manipular o animal e procure, imediatamente, um veterinário para avaliação e tratamento adequados. Em caso de fraturas, o ideal é tentar pegar o animal com cuidado para que não sinta dor, deixando o local da fratura o mais estabilizado (imóvel) possível, e ir para o veterinário mais próximo para avaliação médica”, destacou a veterinária.

2. Sangramentos: Para lesões que causam sangramentos, a primeira coisa é manter a calma, em seguida, aplique compressão com um pano limpo e firme, para interromper o sangramento. “Em casos severos, com jatos de sangue, provavelmente, houve um rompimento arterial. Nesse caso, utilize um torniquete temporário acima do corte e encaminhe o animal urgentemente para atendimento veterinário, que irá avaliar a necessidade de uma cirurgia e/ou transfusão de sangue”, orienta a profissional.

3. Intoxicações alimentares: A intoxicação de cães e gatos está entre as principais ocorrências de emergências da clínica veterinária. Alguns alimentos do dia a dia dos tutores podem ser tóxicos para cães, levando a intoxicação e, até mesmo, a óbito. “Dois exemplos são a carambola e o abacate, frutas que são consumidas tranquilamente por pessoas, mas que podem causar grandes estragos na vida de seus animais. Em casos de intoxicação por ingestão de alimentos tóxicos vamos ter alterações como vômitos, diarreia, muita salivação que caracteriza a náusea. Evite medicar seu cão por conta própria, pois pode trazer problemas secundários. O médico-veterinário será a melhor pessoa para cuidar do seu pet, procure-o o mais rápido possível”, frisa Paloma.

É importante que os tutores mantenham em casa um sachê com cartão ativado, que pode ser utilizado em caso de envenenamentos e intoxicação (Foto: Reprodução)

4. Produtos de limpeza: Assim como as crianças, cães e gatos são muito curiosos e, muitas vezes, acabam se intoxicando com produtos de limpeza por estarem em fácil local de acesso. O melhor jeito de armazenar esses produtos é em locais fechados ou altos, onde o pet não consiga acessar e sempre fechados. E, em caso de ingestão acidental, nunca induzir vômito ou administrar medicamentos ou alimentos, pois há chances de aumentar a absorção das toxinas e piorar o quadro do animal. “Ao identificar uma possível ingestão o ideal é que seja levado ao veterinário mais próximo junto com a embalagem do produto para que o profissional consiga identificar os possíveis riscos, e entrar em contato com o centro de informações e assistência toxicológica”, recomenda.

5. Envenenamento: O primeiro passo é: em hipótese alguma dar qualquer tipo de alimento ou medicação para o animal. Caso o pet esteja consciente, pode ser dado carvão ativado diluído em água para ajudar a reduzir danos causados pela intoxicação e conduzir o animal para clínica veterinária mais próxima da sua região. “Caso o animal esteja apresentando sinais de ausência de consciência, tremores, intensa salivação, é importante tomar cuidado com acidentes como mordidas, manter o animal em posição de forma que ele não se engasgue durante o transporte”, ensina.

A médica-veterinária e intensivista Paloma Calerio dos Santos, compartilha algumas dicas em primeiros socorros para animais (Foto: Arquivo Pessoal/Paloma dos Santos)

Paloma ainda reforça a importância de medidas preventivas e da educação contínua dos tutores sobre cuidados emergenciais. Ela declara que a rápida intervenção dos tutores é muito importante e relembra o caso de uma Border Collie ferida por vidro após um susto durante a queima de fogos na noite de ano novo e a ação da tutora, que foi crucial para salvar a vida do animal. “Com uma ação rápida, a tutora fez um torniquete no sangramento e procurou o hospital e, após uma cirurgia de emergência, a recuperação foi plena e tranquila”, compartilha.

Por fim, ela destaca que cuidados simples, como o armazenamento adequado de produtos de limpeza e a pronta identificação de sintomas de emergência, podem fazer toda a diferença na saúde e bem-estar dos animais de estimação. “É importante, também, que os tutores sempre mantenham em casa um sachê com cartão ativado, que pode ser utilizado em caso de envenenamentos e intoxicação”, reforça.

Com essas orientações práticas, tutores estarão melhor preparados para agir em situações críticas, garantindo uma resposta rápida e eficaz até a chegada ao atendimento veterinário adequado.