Os passeios são uma parte essencial da vida dos doguinhos, ajudando inclusive no bem-estar e no desenvolvimento cognitivo e social. Porém, com os casos recentes de ataques de cães soltos na rua, muitos tutores começaram a ter certas dúvidas sobre como passear com os seus pets. Afinal, eles precisam estar sempre de coleira? A regra é a mesma para qualquer raça de cachorro?

De acordo com a médica-veterinária Nathalia Xavier, as leis para isso variam entre os estados e municípios do Brasil, uma vez que não há uma lei federal que regulamente isso. Contudo, mesmo quando não há essas leis em um local, é preciso ter bom-senso e usar o item é sempre recomendável. “O uso da coleira serve para promover o condicionamento do comportamento, fazendo com que o cão responda aos comandos, evitando acidentes”, explica Nathalia.

Vale lembrar que em alguns municípios e estados também há leis determinando que certas raças de cães têm que utilizar focinheira fora de casa. Descumprir regras relacionadas a isso e ao uso de coleira pode implicar em multas, sem contar acidentes com outros animais ou pessoas.
E a coleira com guia é importante até mesmo para a segurança do próprio animal que a usa, viu? Com ela, ele não consegue sair correndo e fugir ou acabar se machucando, por exemplo.

Modelos de coleira

Existem vários tipos de coleira para cães, com diferentes vantagens e características. As principais, segundo Nathalia, são:

• Plana: é uma opção versátil para o dia a dia. Possui ajuste de tamanho e frequentemente anel para prender a guia de condução e a identificação
• Peitoral: fica ao redor do tórax do cão, fazendo com que a pressão durante o passeio, para aqueles cães que puxam muito, seja melhor distribuída
• Coleiras de cabeçada (headcollar): possui abertura para o encaixe da cabeça e do focinho do animal. Isso proporciona controle sobre a direção da cabeça e do corpo durante o passeio
• Tipo corrente ou enforcador: possui anéis em cada extremidade. É normalmente usada para treinamento, pois ao ser tracionada pela guia ocorre compressão do pescoço do pet. O uso dela deve ser supervisionado e somente em situações necessárias

Existem ainda os modelos com GPS. São ótimas opções para se você rastrear o animal, acompanhando todos os passos do seu companheiro, garantindo a segurança do seu pet.

A especialista explica que, apesar de cada uma ter a sua função, a melhor coleira, na maior parte dos casos, é a peitoral, pois atende praticamente todos as raças de cães. “Ela ainda traz um conforto especial para animais que possuem doenças respiratórias, cães mais jovens que têm dificuldade de obedecer comandos e animais idosos com doenças em coluna” diz.

Fonte: Alta Astral, adaptado pela equipe Cães e Gatos.

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