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Inovação e Mercado

Zootecnista compartilha vivências profissionais dentro de indústria de pet food

Lívea Maria Gomes atua como analista de Treinamento Técnico-Comercial Sênior na Adimax e revela os desafios e prazeres do trabalho
Por Cláudia Guimarães
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Por Cláudia Guimarães

Quando se fala em zootecnista, a primeira coisa que vem à mente das pessoas é o trabalho no campo e na produção agropecuária. Mas esse profissional tem, cada vez mais, ampliado sua atuação, inclusive, para áreas urbanas, que podem envolver a nutrição, o bem-estar e o manejo comportamental de animais de companhia.

Como analista de Treinamento, Lívea Gomes possui rotinas de interface com vários setores (Foto: divulgação)

Como de praxe, neste Dia do Zootecnista, escolhemos uma profissional da área como nossa personagem para esse conteúdo especial: a zootecnista e analista de Treinamento Técnico-Comercial Sênior da Adimax, Lívea Maria Gomes, que compartilha um pouco sobre essa área de atuação específica.

Segundo ela, como analista de Treinamento, possui rotinas de interface com vários setores. “Por exemplo, quando um novo produto é desenvolvido pela equipe de P&D, nós analisamos as informações técnicas enviadas por eles e auxiliamos com o desenvolvimento de textos e claims que vão estampar as embalagens”, relata.

De forma similar, quando a equipe do Marketing prepara materiais e conteúdo para promoção dos nossos produtos, Lívea também auxilia com as informações técnicas. “As publicações e posts que vão para nossos sites e redes sociais também passam por uma revisão da nossa equipe. Além disso, atuo dando um suporte mais técnico para a equipe do SAC em casos mais técnicos ou críticos”, adiciona.

A empresa também conta com uma plataforma de ensino, a Universidade Adimax, na qual Lívea é responsável pela gestão e manutenção dos conteúdos. “Mas, sem dúvidas, minha principal função é identificar as necessidades de treinamento, desenvolver conteúdo didático para treinamentos e materiais de apoio, ministrar os treinamentos, workshops e palestras, tanto presenciais quanto virtuais, para diversos públicos”, resume.

Desafios da função

Em sua rotina, Lívea identifica as necessidades de treinamento, desenvolve conteúdo didático para treinamentos e materiais de apoio e ministra treinamentos, workshops e palestras (Foto: divulgação)

Como zootecnista responsável pela capacitação de diferentes públicos, a profissional acredita que o principal desafio seja identificar a necessidade e adaptar a linguagem ao público com que a equipe trabalha. “Atualmente, nossa equipe atende públicos muito diversos, desde estagiários, representantes comerciais, a equipe de atendimento ao consumidor (SAC) até equipes que já têm mais conhecimento técnico, formadas por médicos-veterinários e zootecnistas. Com cada uma dessas equipes precisamos falar de forma clara e objetiva para as diferentes rotinas, com uma linguagem mais comercial ou mais técnica”, conta.

Assim, o grande desafio em sua rotina de trabalho é receber uma informação técnica de um novo produto, uma nova formulação, analisar os ingredientes, embalagens, níveis de garantia, etc. e transformar em argumento de vendas e conversão para as marcas. “Nós também temos um papel fundamental de promover o alinhamento estratégico, fortalecer as marcas, promover os diferenciais competitivos dos nossos produtos frente aos concorrentes e tratar de conceitos pertinentes à rotina comercial, como conceitos e boas práticas de merchandising, trade marketing, tudo isso de uma forma didática e aplicável para a realidade de cada uma das equipes”, aponta.

Para Lívea, atuar no treinamento exige muita responsabilidade, já que o que “ensinam” será replicado para muitas pessoas. “Por isso é fundamental que estejamos muito bem preparados e alinhados com o objetivo da empresa”, pontua.

Zootecnia dentro da indústria

A profissional comenta que, na Adimax, há zootecnistas que atuam em diferentes áreas, desde gestão da qualidade, assuntos regulatórios, pesquisa e desenvolvimento, área comercial e, é claro, na comunicação, que é exatamente onde ela se encontra.

“Como zootecnista, me vejo no papel de utilizar todo meu conhecimento técnico/científico adquirido durante minha carreira acadêmica e, também, em experiências anteriores na indústria para analisar as informações técnicas do produto e comunicar/explicar de que forma essas características podem beneficiar toda a cadeia envolvida no consumo desse alimento, desde o pet, mas também o tutor, o lojista e, por fim, nossas equipes.  Analisando de uma forma mais descomplicada, digamos que, às vezes, me sinto uma professora de nutrição, alimentação e alimentos para cães e gatos”, afirma.

Na Adimax, há zootecnistas que atuam em diferentes áreas, desde gestão da qualidade, assuntos regulatórios, pesquisa e desenvolvimento, área comercial e comunicação (Foto: divulgação)

Essa atuação é de extrema relevância, considerando que um dos pilares da Zootecnia é a nutrição animal, juntamente com a sanidade, manejo, genética e bem-estar. Como comentado por Lívea, durante a graduação os zootecnistas passam por inúmeras disciplinas relacionadas à nutrição e à alimentação animal. “Nessas aulas, conhecemos quais são as necessidades nutricionais e como realizar o manejo alimentar de cada espécie, quais são os ingredientes e aditivos que temos disponíveis na produção de alimentos para animais, aprendemos a formular alimentos, as boas práticas de fabricação na indústria de alimentos para animais, etc. Partindo desse ponto, podemos dizer que a Zootecnia e a nutrição animal não se complementam, mas que o zootecnista pode, sim, ser considerado um potencial nutricionista animal, sobretudo aquele que investiu em estágios, cursos e outras atividades relacionadas à nutrição”, destaca.

Mercado pet

Lívea compartilha que fica muito feliz quando encontra outros zootecnistas atuando no setor pet, seja na nutrição ou em outros segmentos. “Entendo essa abertura do setor pet para os zootecnistas como um reconhecimento da capacidade técnica de um profissional com tantos conhecimentos que podem agregar na qualidade de vida, longevidade e bem-estar dos cães e gatos. Acredito que quanto mais as pessoas conhecerem o trabalho dos zootecnistas, mais confiança terão nesse profissional”, assegura.

Aos estudantes de Zootecnia, a profissional informa que existem inúmeras oportunidades de estágio dentro de indústrias pet (Foto: reprodução)

E aos estudantes de Zootecnia que desejam ingressar nessa área, Lívea deixa um recado: “Se esse é seu desejo, não deixe para amanhã o que você pode começar a construir hoje! Atualmente, existem vários grupos de estudos em nutrição pet dentro das universidades, assim como oportunidades de estágio dentro dos laboratórios de nutrição de cães e gatos com professores renomados”. 

Ela também lembra que existem oportunidades de estágio dentro de várias indústrias pet. “Aqui mesmo, na Adimax, temos uma modalidade de estágio em que os estudantes passam por diversos setores, conhecendo todos os processos, é uma ótima oportunidade para entender como funciona a indústria. Estar em contato com profissionais atuantes, ter relacionamento com formadores de opinião, professores e empresas do segmento pet food é fundamental. Ademais, eu diria para virem com bastante fôlego, pois temos muito trabalho pela frente e muito espaço para conquistar dentro do mercado pet”, conclui.

FAQ

Em quais áreas um zootecnista pode atuar dentro da indústria pet?
Na indústria pet, zootecnistas podem atuar em setores como nutrição, P&D, treinamento, qualidade, regulatórios, marketing e comunicação técnica.

Qual é o principal desafio de um zootecnista na área de treinamento técnico-comercial?
Adaptar a linguagem técnica para públicos diversos, transformando informações científicas em argumentos de vendas e capacitação.

Como estudantes de Zootecnia podem se preparar para o mercado pet?
Participando de grupos de estudo, fazendo estágios na indústria e construindo redes com professores e profissionais do segmento.

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