Buscar na cães e gatos

Pesquisar
Close this search box.
- PUBLICIDADE -
Pets e Curiosidades

Profissional explica o que é a terapia assistida por animais e como ela pode ajudar

Por Equipe Cães&Gatos
terapia assistida
Por Equipe Cães&Gatos

Você já ouviu falar sobre terapia assistida por animais? A prática não é algo novo, mas já conquistou destaque na Medicina Contemporânea. Não é para menos: o contato com animais traz, comprovadamente, inúmeros benefícios para a saúde e é capaz de auxiliar no tratamento de diversas doenças e transtornos, otimizando os resultados e contribuindo para o bem-estar dos pacientes. 

Também conhecida como TAA, a terapia assistida por animais é uma metodologia que consiste em usar a companhia de animais de estimação – como cães e gatos – como coadjuvante no tratamento de algumas doenças. A prática, que deve ser acompanhada e orientada por profissionais de saúde, tem o objetivo de promover o bem-estar físico, emocional, cognitivo e social do paciente.

Leis que autorizam visitas de animais domésticos a pacientes internados em hospitais são propostas continuamente nas Câmaras Municipais, Estaduais e Federais. Visitas são restritas somente a cães, gatos, pássaros, coelhos, chinchilas, tartarugas e hamsters, e deve obedecer algumas regras. “A medida permite que pacientes internados possa receber a visita dos animais desde que sejam respeitados os critérios definidos em cada unidade hospitalar, além de observar as regras estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, explica ao médico-veterinário e diretor da Faculdade Qualittas, Francis Flosi. 

Pela lei nº 17.968/2020, para ingressar no hospital o animal de estimação deverá ter a autorização prévia da administração, estar acompanhado por um familiar do paciente e ser transportado dentro de caixas específicas conforme o tamanho do bicho, exceto os de grande porte.

Qualquer outra espécie deverá passar pela avaliação do médico do paciente para receber autorização. “O animal poderá frequentar o quarto do paciente, mas não poderá acessar as áreas de isolamento, de quimioterapia, de transplante, de assistência a pacientes com vítimas de queimaduras e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Também fica proibida a entrada nas áreas de preparo de medicamentos, de manipulação, processamento, preparação e armazenamento de alimentos e na farmácia do hospital”, detalha o especialista.

Segundo psicólogos, a terapia com animais pode ser benéfica para qualquer pessoa, em diferentes situações de vida, mas é especialmente indicada para crianças. “Os animais são, para as crianças, como uma fonte de amor incondicional e lealdade, principalmente diante de punições. No ambiente hospitalar, elas ficam mais colaborativas, alegres e motivadas”, diz Flosi. 

Nos adultos, as pesquisas mostram que os animais diminuem a tensão e estresse e que os pacientes ficam com maior tendência a sorrir. “Estudos mostram também, que a presença de animais diminui o tempo de internação, interferindo, inclusive, no humor das equipes de enfermagem e da equipe médica”.

Todos os animais autorizados a entrar nas dependências hospitalares passam por rigoroso controle de saúde (Foto: reprodução)

Projetos confirmam eficácia

Há vários exemplos no Brasil de hospitais que aceitam animais no tratamento de pacientes. Em São Paulo, um deles é o Projeto Cão Terapia, que acontece no Hospital Estadual Vila Alpina desde dezembro de 2017. Trata-se de uma terapia que visa promover um olhar diferenciado e humanizado do ambiente hospitalar aos pacientes, acompanhantes e colaboradores. As visitas acontecem no Pronto Socorro, Ambulatório e Unidades de Internação com duração de uma hora e uma média de 30 pessoas por vez. São acompanhadas por voluntários treinados. 

Com formato similar, o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – Vila Mariana oferece o projeto Atividade Assistida por Animais (AAA), promovendo entretenimento, recreação, socialização e distração por meio do contato dos animais com os pacientes. Foi iniciado em 2006, com a missão de humanizar a unidade pediátrica e, em 2017, expandido para setores de internação adulta. As visitas ocorrem semanalmente, com equipes de voluntários divididos em dois grupos para atender adultos e crianças simultaneamente, segundo a Secretaria Estadual da Saúde.

Existe uma aprovação pela Comissão de Saúde, o Projeto de Lei 1.471/2015, de autoria do deputado Celso Nascimento, que permite a visitação de animais domésticos e de estimação em hospitais da rede pública e privada, contratados e conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito do Estado de São Paulo. “São efetivos os benefícios fisiológicos e psicológicos, como a melhoria do padrão cardiovascular, pressão arterial mais baixa, aumento de endorfinas e ocitocinas e diminuição nos níveis de ansiedade do paciente. Segundo médicos especialistas”, diz o médico-veterinário. 

Na rede de saúde municipal, a visita de pets a pacientes internados é uma ação da Prefeitura de São Paulo, e é recente: teve início em maio. O projeto tem como proposta a humanização do tratamento, levando os pets para os quartos dos hospitais para fazer companhia e ajudar no processo de recuperação dos internados. Vale lembrar, que os animais que fazem as visitas não pertencem aos próprios pacientes. Até o momento o Hospital Menino Jesus, o Hospital Moysés Deustch (M’Boi Mirim) e o Hospital Santa Marcelina Cidade Tiradentes dispõem deste serviço.

Todos os animais autorizados a entrar nas dependências hospitalares passam por rigoroso controle de saúde. Eles são avaliados por veterinários e só entram mediante comprovante de estado de saúde e carteira de vacinação obrigatória para raiva, giárdia, tosse dos canis e vacinas V8/V10.

Observa-se que pacientes e familiares são beneficiados ao participar de uma sessão, seja pela interação com o animal, pela quebra da rotina hospitalar, pela mudança de ambiente que a sessão exige ou pelo carinho que é trocado entre os envolvidos. “A cada sessão realizada, é nítida a melhora dos pacientes, visto que quem participa uma vez, geralmente demonstra interesse em participar novamente. Desse modo, pode-se dizer que a TAA é um projeto em crescimento e aperfeiçoamento, porém de sucesso”, finaliza Flosi. 

Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.

LEIA TAMBÉM:

Garantir saúde e bem-estar é a chave para fazer os animais mais felizes

Quantidade de alimento fornecida aos animais deve ser estabelecida por veterinários

Veterinárias comentam escolha por carreira focada em pesquisa

Compartilhe este artigo agora no

Siga a Cães&Gatos também no