“Atender bem os pets nos consultórios, clínicas e hospitais não é diferencial. É obrigação dos médicos-veterinários e suas equipes e a qualidade no atendimento e o conforto das instalações resultam em clientes satisfeitos e retorno garantido”, descreve o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS, Porto Alegre/RS), Rodrigo Lorenzoni.
De acordo com ele, o crescimento dos locais chamados “pet friendly”, estabelecimentos – lojas, restaurantes e hotéis – que ganham cada vez mais adeptos entre quem faz do seu animal de estimação um membro da família, é uma grande sacada de marketing, de inclusão e com um aspecto sentimental grande. “Os cases ‘pet friendly’ devem servir de modelo para quem atua na Medicina Veterinária. Como? É preciso criar o que estou chamando de conceito “human friendly” nas salas de espera e demais instalações de um empreendimento veterinário”, orienta, voltando-se especificamente ao setor.
“Nossas clínicas são voltadas, obviamente, para o atendimento dos animais. Mas quem os leva até lá? Quem se preocupa, investe e espera, muitas vezes com preocupação e agonia?”, indaga.
Rodrigo Lorenzoni sinaliza que preocupação com a estadia do tutor na clínica deve ser ponto observado pelos veterinários empreendedores (Foto: reprodução)
Conforme indica, o proprietário ou tutor precisa ir até o local e sentir-se bem enquanto espera o seu animal ser atendido ou enquanto aguarda uma cirurgia, por exemplo. “Oferecer acesso à rede Wi-Fi é elementar. Mas de que adianta oferecer o sinal se a senha tem 20 dígitos entre maiúsculas, minúsculas, números e símbolos? É preciso facilitar a vida do cliente. As salas de espera da clínica têm, em geral, cadeiras retas, de plástico. Mas trabalhar com poltronas confortáveis não é algo inviável financeiramente”, elenca.
Rodrigo Lorenzoni adiciona ainda os proprietários que têm filhos pequenos também podem se sentir mais acolhidos se o local tem um pequeno espaço destinado a crianças, ao mesmo tempo em que é preciso lembrar que crianças inquietas e sem uma distração podem contribuir para deixar os animais mais agitados e tornar o atendimento mais complexo. “Este pequeno espaço kids pode contar também com uma revista com animais para eles colorirem, bonecos de pelúcia e estetoscópios de brinquedo para eles imitarem o veterinário enquanto ele atende”, diz.
No conceito “human friendly” é preciso pensar também nas pessoas que levam os animais logo cedo antes de irem para o trabalho, e que os buscam fim da tarde. Nestes dois horários, geralmente as pessoas podem querer se alimentar ou mesmo tomar um café, e oferecer um petisco, na opinião do presidente da entidade, pode fazer toda diferença.
“Atualmente este tratamento diferenciado pode ser o fator de escolha do cliente pelo seu estabelecimento ou o do concorrente. “Human friendly”, pense nisso!”, encerra.
Fonte: CRMV-RS, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.