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Pets e Curiosidades

Profissional destaca os principais cuidados a serem tomados com os pets na primavera

Por Equipe Cães&Gatos
cuidados com pets na primavera
Por Equipe Cães&Gatos

Iniciou a estação mais florida do ano: a primavera. Para muitos é a época mais amada, pois os dias ficam mais quentes, as paisagens mais coloridas e o clima menos seco. Mas o que muitos tutores não sabem é que esse período pode predispor alguns riscos para a saúde dos pets.

Diante disso, a professora doutora do curso de Medicina Veterinária, da Universidade Cruzeiro do Sul e Centro Universitário Braz Cubas, Maria de Fátima Monteiro Martins, comentou sobre as principais doenças que costumam acometer gatos e cachorros nesta época do ano, como também cuidados e dicas para os tutores de pets neste momento.

Pulgas e Carrapatos. A médica-veterinária destaca que nesta estação aumenta a incidência de pulgas e carrapatos devido a mudança do clima mais seco para um mais chuvoso e com temperaturas mais elevadas, ou seja, condições climáticas favoráveis para a proliferação desses parasitas. “Esses ectoparasitas além de causarem lesões de pele e desconforto aos animais, também são agentes inoculadores de outras doenças como babesiose, erliquiose, dermatite alérgica, entre outras. Para prevenir, o recomendado é o uso de produtos ectoparasiticidas, oral ou tópico, mas sempre seguindo as recomendações de um médico veterinário”, explica.

Alergias dermatológicas. Além dos parasitas, com o aumento das temperaturas também ocorrem mais alergias dermatológicas. A veterinária aponta que nessa época do ano é normal que ocorra a troca de pelos e a pelagem densa e pesada do inverno é substituída por uma mais curta e leve. Com esse processo, a pele se torna mais sensível, podendo desencadear a formação de eritemas (vermelhidão), pústulas (infecção bacteriana), prurido (coceira) ou outros sinais dermatológicos mais graves.

“É importante saber que essas alergias podem ocorrer por picadas de pulgas e carrapatos, e até reações alérgicas a alimentos e medicamentos, e só um médico veterinário poderá avaliar para identificar a causa e o melhor tratamento”, esclarece Maria de Fátima Monteiro Martins. 

Nesta estação aumenta a incidência de pulgas e carrapatos devido a mudança do clima mais seco para um mais chuvoso (Foto: reprodução)

Leishmaniose. Outra doença que tem maior ocorrência nesta estação é a Leishmaniose. É uma zoonose clássica causada por um protozoário, a Leishmania, que é transmitida aos cães pela picada da fêmea de mosquitos do gênero flebótomo, o mosquito-palha. A propagação da doença acontece a partir da picada do mosquito-palha infectado pelo protozoário que pode picar não somente o cão, mas também as pessoas com quem ele convive.

O cão é considerado o principal reservatório da doença no meio urbano, mas não o único, já que o homem também pode atuar como reservatório (o que é uma situação rara). Por esse motivo, o uso de medidas de prevenção, como produtos repelentes de insetos, uso da coleira repelente, manter o local do animal limpo e o uso de telas finas em canis, são importantes para reduzir a infecção. Além disso, o manejo correto e ético do animal doente evita que esse se torne uma fonte de infecção potencial e um risco para saúde de outros animais e seres humanos.

Leptospirose. É uma zoonose de distribuição mundial, causada por bactérias, as leptospiras, que podem promover desde uma infecção invisível até uma doença fatal. Por ser largamente disseminada e com alto índice de infectividade entre animais domésticos e silvestres, a doença tem uma considerável importância como problema de saúde pública.

Os sinais clínicos da leptospirose canina dependem de fatores como idade, estado imunológico e virulência do agente. Nas formas menos graves os animais apresentam apatia, anorexia, hipertermia, vômito e desidratação; e na forma crônica o quadro não é aparente, sendo a manifestação clínica a insuficiência renal crônica.

“A vacinação é a forma de prevenção da doença em animais domésticos evitando que adoeçam, mas não impedindo que se infectem, portanto, em humanos cuja infecção acontece após contato de forma direta ou indireta com urina de animal infectado, a prevenção está em boas práticas de higiene e saneamento básico”, destaca a professora. 

Cuidado com as plantas! Muitos tutores não sabem, mas existem plantas que são tóxicas e não podem ficar no mesmo ambiente que o pet, sendo elas: Comigo-ninguém-pode; Espada-de-São-Jorge; Coroa-de-Cristo; Costela-de-Adão; Bico-de-papagaio; Copo-de-leite; Avenca; Antúrio; Azaleia; Espirradeira; Rosa do deserto; Lírio-da-paz; Violeta; Mamona; Jiboia; Sagu-de-jardim; Manacá-de-jardim; Hortênsia e Tulipas.

O ideal é sempre optar por plantas pet friendly, como as Bromélias; Orquídeas; Camomila; Capim-limão; Alecrim; Lavanda; Girassol; Tomilho; Bambu; Erva-do-gato; Hortelã e Manjerona. 

Alimentação. A doutora aponta que se deve ter um cuidado especial com a alimentação durante esse período. “Colocar as refeições em porções com menor quantidade, duas vezes por dia, e dar preferência ao período da manhã e da noite, quando as temperaturas estão mais amenas. Isso também evita as sobras que acabam atraindo insetos e outros parasitas. Além disso, também é preciso oferecer água fresca e em abundância para minimizar o calor. 

Por fim, a professora relata que para prevenir esses problemas o ideal é sempre manter os locais secos; ao dar banho no animal secar bem a pelagem; aumentar as escovações para facilitar a ventilação da pele; usar periodicamente ectoparasiticidas nos animais e manter a casa e o local onde o pet vive bem limpos para o controle de pulgas e carrapatos.

Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.

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