Pododermatite (ou bumblefoot) é uma condição degenerativa e inflamatória de sensibilidade dolorosa encontrada na prática clínica de muitas espécies de aves; é caracterizada por abrasão, ulceração, lesões nodulares e edema da pele na região do coxim plantar e apoios dos dígitos, podendo provocar infecção de tecidos podais profundos e em articulações do membro pélvico. As aves de rapinas, em contexto de cativeiro, estão entre as espécies mais afetadas por esse tipo de lesão, mas, é frequentemente vista em Psittaciformes (araras, papagaios, periquitos, entre outros) e em Passeriformes (canário, sabiá, pixarro entre outros) sob cuidados humanos.
Dentre os fatores predisponentes estão o excesso de peso, poleiros impróprios e manejo nutricional inadequado.
A pododermatite pode ser uni ou bilateral. O primeiro caso ocorre, normalmente, quando há uma claudicação unilateral, está eleva o peso de sustentação na perna não afetada, que por sua vez, pode desenvolver necrose por pressão, pododermatite e, posteriormente, infecção secundária; em fraturas no fêmur pode ocorrer o mesmo processo. Já a bilateral pode acontecer em casos de animais obesos, uma vez que o excesso de peso produzirá pressão na superfície plantar em ambos os pés, gerando lesões e ulcerações.
O manejo alimentar inadequado, geralmente associado a uma dieta contínua de sementes, leva, não só à obesidade, mas, também à deficiência de algumas vitaminas, em especial a vitamina A (ou retinol). A hipovitaminose A tem diversas implicações, entre elas, está a metaplasia de células escamosas das mucosas de diferentes epitélios e ceratose por desarranjo de superfícies epiteliais, predispondo a formação de calos de hiperqueratose focais na face plantar dos pés e nos dígitos. A pressão contínua nestes calos irá causar degeneração e inflamação, resultando em pododermatite.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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