Eles são seres fortes, porém frágeis; requerem atenção em casa e cuidados especiais na clínica, mas sabemos que qualquer coisa fora da rotina pode estressar os gatos, não é? Então, como o tutor pode contornar todas as adversidades que englobam a ida ao veterinário?
Antes de saber como amenizar o estresse desse pet em dias de consulta, é preciso destacar que, apesar de serem mais independentes que os cães, por exemplo, a espécie requer a mesma atenção com a saúde e o bem-estar a fim de evitar contratempos. De acordo com a médica-veterinária, que realiza atendimento especializado e exclusivo a felinos no Hospital Veterinário Pet Care Animalia, Raquel Calixto, os gatos são famosos por uma característica: estoica. “Isso significa que eles disfarçam a maioria das doenças e não apresentam, tão evidentemente quanto os cães, sinais clínicos da evolução dessas enfermidades”, elucida.
A médica-veterinária com especialização em Medicina de Felinos do Veros Hospital Veterinário, membro da American Association of Feline Practitioners (Associação Americana de Medicina Felina – AAFP) e Academia Brasileira de Clínicos de Felinos (AbFel), Camila Ferreiro, comenta que as práticas “catfriendly” e o conhecimento do médico-veterinário sobre o comportamento da espécie ajudam a não criar memórias negativas ao paciente dentro do ambiente hospitalar. “Os tutores demoram a procurar a ajuda de um veterinário em decorrência do estresse do seu animal por ter vivenciado situações ruins neste ambiente”, corrobora.
Levantamento
Um estudo encomendado pela Royal Canin e realizado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD) focou nesse tema tão importante que estamos debatendo: a natureza independente dos gatos não é sinônimo de menos necessidade de atenção, estímulos e cuidados com a saúde. O objetivo da pesquisa, que ouviu, também, tutores de gatos de todo o Brasil, é conscientizar sobre a importância dos cuidados preventivos com a saúde dos felinos, estimulando visitas periódicas para acompanhamento.
Um dos tópicos de descoberta desse levantamento indica que 58% dos tutores levam seus gatos ao médico-veterinário apenas uma ou até menos vezes ao ano. Sobre isso, Raquel Calixto declara que o gato é um animal com comportamento atávico, naturalmente temeroso e adrenérgico, o que gera, muitas vezes, experiências ruins do tutor e, também, do próprio felino. “É frequente o acentuado nível de estresse desses animais ao sair de sua residência, onde eles se sentem mais seguros e dominantes. Na tentativa de evitar tais experiências, o tutor prefere resguardar o animal de novos possíveis traumas. Em menor escala, também há o mito dos gatos não ficarem doentes e muitos gatos, infelizmente, semi domiciliados”, menciona.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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