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Clínica e Nutrição

Dia da Obesidade: Veterinária destaca a importância da prevenção da doença nos pets

Por Equipe Cães&Gatos
obesidade
Por Equipe Cães&Gatos

Cláudia Guimarães, da redação

claudia@ciasullieditores.com.br

Muitos tutores ainda têm uma visão equivocada em relação à aparência e ao peso de seus animais de estimação. O que, para muitos, é considerado “fofo”, pode representar, na verdade, um problema com consequências graves para a saúde do animal. Neste Dia Mundial da Obesidade, falamos com a médica-veterinária fundadora da rede de hospitais veterinários Pet Care, Carla Berl, que destaca pontos importantes sobre o tema.

Segundo a profissional, a obesidade é considerada uma doença e trata-se de um acúmulo excessivo de gordura e, dependendo do grau de obesidade, causa vários problemas, geralmente, metabólicos e endócrinos, como o diabetes, além de acarretar doenças articulares por conta do peso. “O sobrepeso também pode ocasionar o acúmulo de gordura nos vasos e no fígado. Assim, também pode surgir, por conta da doença, problemas hepáticos devido à infiltração gordurosa no fígado”, menciona.

Além disso, Carla ainda cita que um pet obeso também pode sofrer com problemas vasculares, como a hipertensão, devido ao excesso de gordura no sangue. “Ainda é desconhecido por muitos que a obesidade é uma doença. Muitas pessoas, realmente, não enxergam o pet como obeso. E, hoje em dia, com a verticalização da cidade e com os animais morando em apartamento, se exercitam menos”, observa.

A veterinária nota que as pessoas, às vezes, têm um pouco de receio em passear na rua com os animais, por alguns motivos, como por conta do calor. “Então, eles não andam a quantidade suficiente e, assim, começam a engordar”, explica.

Por isso, a profissional indica a visita ao veterinário anualmente, principalmente, para tratar dessa questão nutricional dos animais. “Isso porque o mesmo problema que a obesidade causa no ser humano, causa, também, em cães e gatos”, alerta e indica quais as etapas de tratamento indicadas a um pet obeso: “É preciso fazer uma avaliação geral neste animal, porque a obesidade já traz algumas doenças ou ela está sendo causada por algum problema, como o hipotireoidismo. Por exemplo, animais que são castrados tardiamente, às vezes, tendem a engordar, porque eles têm dependência hormonal. Mas o início do tratamento se dá com o veterinário fazendo um exame de sangue, ultrassom e escore corporal, onde é possível saber se o animal está com a gordura muito alta no sangue”.

A obesidade é considerada uma doença e trata-se de um acúmulo excessivo de gordura e, dependendo do grau de obesidade, causa vários problemas
(Foto: reprodução)

Como tratar o problema?

Após estabelecido o diagnóstico, o animal precisa ter a dieta rebalanceada para conseguir perder peso; mas esse emagrecimento, de acordo com Carla, deve ser gradual. “Principalmente em felinos! Em gatos, a perda de peso tem que ser devagar e, então, é essencial o acompanhamento do veterinário em todo esse processo”, salienta.

Esse tratamento do pet obeso, na visão da veterinária, é, na verdade, um comprometimento familiar. “O veterinário vai dar o direcionamento, dizer qual será a dieta, qual a quantidade de alimento a ser fornecida, entre várias informações para criar novo sustento de musculatura, resistência, focar em exercícios para trocar o que chamamos de massa gorda por massa magra. Tudo isso precisa ser acompanhado com exames periódicos, ou seja, é necessário um comprometimento muito forte entre o veterinário e o tutor, porque, geralmente, quando os animais fazem uma dieta, ao invés deles comerem uma vez por dia, vão comer até três, quatro vezes, mas em menor quantidade”, discorre.

Para Carla, ver um animal curado da obesidade é incrível, pois esses animais que retornam ao peso normal renascem. “Eles são jovens de novo, brincam, toda hora querem comida, sim, mas aprendemos que não podemos ceder. Eu mesmo tenho o caso de uma cachorrinha que estava 35% acima do peso. Estava parada, não se mexia mais, tinha problema cardíaco, excesso de colesterol e triglicérides no sangue. Ela perdeu esses 35% e, hoje, está com 12 anos e se comporta como se tivesse quatro anos de idade”, relata.