Os beta glucanos são polissacarídeos que fazem parte da parede celular de leveduras, fungos e algumas bactérias e que, também, podem estar presentes em alguns cereais, como aveia e cevada. Além disso, podem apresentar diferentes tamanhos e formas moleculares, com diferentes ramificações em sua estrutura e, por isso, podem apresentar efeitos distintos.
O uso de beta glucanos é estudado em diversas espécies, incluindo humanos, suínos, equinos, gado, ovelhas, galinhas, sapos, peixes, camarão, caranguejo e, até mesmo, abelhas. Existem, também, estudos que evidenciam benefícios e aplicações clínicas em cães, como em um trabalho realizado por Ferreira et al, 2022, em que houve diminuição de citocinas pró-inflamatórias (TNF-alfa) na circulação, redução nos valores de glicemia basal, triglicérides e colesterol de animais obesos submetidos à suplementação com beta glucanos 1,3-1,6 (0,1% da dieta) quando comparados ao grupo de animais obesos que não receberam essa suplementação. Seu uso também levou ao aumento de um metabólito associado à saciedade, denominado GLP-1, o qual acredita-se ser responsável pela redução da fome e aumento da saciedade do animal. Tais dados evidenciam que o uso de beta glucanos pode ser uma boa opção para o tratamento e prevenção da obesidade, já que a restrição calórica necessária para a perda de peso pode levar o animal a procurar e pedir mais comida, prejudicando o comprometimento e adesão do tutor ao programa de perda de peso.
Além disso, os beta glucanos possuem propriedades imunomoduladoras, estimulando o sistema imune contra vírus, bactérias, fungos e parasitas, o que pode ser benéfico em situações de estresse e imunossupressão, como infecções, alergias e procedimentos cirúrgicos.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.
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