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Clínica e Nutrição

Leishmaniose canina pode ser fatal e merece atenção

Médico-veterinário explica sintomas e conta como prevenir infecção
Por Equipe Cães&Gatos
leishmaniose
Por Equipe Cães&Gatos

Transmitida pela picada do “mosquito-palha” fêmea (mesmo não sendo um mosquito, o inseto se assemelha a um), que suga o sangue do animal, a leishmaniose canina é uma infecção causada por um agente infeccioso chamado Leishmania, micro-organismo que faz parte do grupo dos protozoários. 

A leishmaniose afeta o organismo do animal e os protozoários se multiplicam, atacando as células que fazem parte do sistema imunológico. No início, a doença é bem silenciosa e, sem a avaliação de um médico-veterinário, os tutores podem não reconhecer que seu animal está com este problema de saúde. 

A evolução da leishmaniose pode acarretar quadros mais graves, atingindo fígado, baço e medula óssea, por exemplo. Além disso, favorece o aparecimento de lesões na pele e pode levar o animal à morte. Por isso, é importante que o animal seja acompanhado por um médico veterinário e realize os exames periódicos.

Exames periódicos são fundamentais para prevenir avanço da doença (Foto: reprodução)

O médico-veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, Campus Graças (Uninassau), Wagner Araújo, explica que a doença não acomete apenas cães. 

“Os sinais clínicos nos cachorros, gatos, roedores, humanos e outros mamíferos podem variar dependendo da espécie de Leishmania, bem como do estado imunológico do paciente infectado. Em geral, são úlceras na pele, queda de pelo, aumento do fígado e do baço, crescimento excessivo das unhas e perda gradual de peso”, diz. 

O profissional conta que existem dois tipos de cura: a clínica, com a remissão dos sinais clínicos e redução da carga infecciosa; e a parasitológica, com a eliminação completa do parasita. 

Esta última é a mais difícil: “O tratamento é feito à base de medicamentos imunoterápicos e antiparasitários específicos. Para tratar os cães, só existe uma droga liberada no Brasil para uso médico veterinário. Já em humanos, os cuidados podem ser realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, pontua.

Para a prevenção da doença, é importante que as pessoas mantenham os espaços livres de folhas, fezes de animais e restos de comida, pois as fêmeas do inseto-vetor colocam seus ovos no acúmulo desses elementos, gerando novos mosquitos transmissores – além de ser imprescindível o uso de coleiras ou pipetas repelentes nos animais.

Fonte: Uninassau, adaptado pela equipe Cães&Gatos.

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