Como forma de prevenção às doenças tropicais negligenciadas (DTN), como as zoonoses raiva e leishmaniose, os organizadores do Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas (30 de janeiro), esperam o lançamento de novas metas de combate às patologias pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com o objetivo de orientar o progresso até 2030.
A celebração que ocorre na Europa, também utiliza da mesma data como aniversário da Declaração de Londres de 2012 sobre DTN, que reuniu mais de 300 parceiros de diferentes setores, países e comunidades para promover mais investimento e ação em relação a estas doenças.
O intuito da data é relembrar que os cães são os principais reservatórios de leishmaniose, uma doença vetorial e zoonótica endémica, e que Espanha verificou o maior surto de leishmaniose humana já constatado na Europa.
De acordo com o portal on-line, Veterinária Atual, um grupo internacional de especialista recomendou estratégias de prevenção da leishmaniose canina ao continente europeu, através da vacinação de cães para reduzir a carga parasitária, bem como o uso de repelentes que tenham a capacidade de prevenir a mordida do vetor de flebotomina de Leishmania durante 12 meses.
Perante a raiva, também pertencente a lista de DTN, no primeiro mês do ano, a Unidade de Saúde Animal e Zoonoses da Direção-Geral de Saúde Pública e Consumo espanhola identificou um caso positivo de raiva canina na Cidade Autónoma de Melilla. O caso surgiu na sequência de um outro, em dezembro do ano passado, que vitimou mortalmente um homem no País Basco que havia sido infetado pela mordida de um gato durante uma viagem a Marrocos.
Especialistas espanhóis em imunologia e vacinação, como Fernando Fariñas, já alertaram várias vezes para os riscos da raiva, insistindo que o país vizinho “não está livre da raiva” e sublinhando a importância de estabelecer uma vacinação nacional obrigatória.
Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.