A inflamação do pâncreas e, muitas vezes, de demais órgãos recebe o nome de pancreatite. O médico-veterinário que dedica-se apenas à Gastroenterologia de cães e gatos na Clínica Ferogastro (São Paulo/SP) e é vice-presidente da Associação Brasileira de Gastroenterologia Animal (ABRAGA), Felipe Romano, explica que a doença possui potencial de envolver o estômago e os intestinos, além de rins, fígado e, até mesmo, órgãos vitais, como pulmões e cérebro, a depender do nível da inflamação.
Conforme descrito pelo profissional, na apresentação aguda da doença (mais comum em cães do que em gatos) é possível observar alterações inespecíficas, como: hiporexia (pouco apetite), vômitos e dores abdominais. “A diarreia também é comum. Agora, menos frequentemente, podemos notar hemorragia, icterícia, dispneia e febre (sobretudo em casos mais graves, que sugerem inflamação sistêmica e potencial falência múltipla de órgãos)”, elucida.
Por isso, levando em conta a dor exibida pelo animal e os vômitos causados pelo problema, a pancreatite é considerada um quadro de emergência, segundo Romano. “O pronto socorro hospitalar é indicado por ser superior ao tratamento oral ou mesmo ambulatorial. Contudo, com o perfil de tutor cada vez mais zeloso e com o diagnóstico precoce dado pelos veterinários, a pancreatite não tem sido sempre uma emergência. Mas a dor e a desidratação devem ser prontamente corrigidas, já que há risco de abdome agudo e choque”, salienta.
Confira as considerações do veterinário sobre diagnóstico e tratamento da inflamação, além dos principais cuidados com o paciente, na reportagem em nossa revista on-line.
Fonte: Redação Cães e Gatos VET FOOD.
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