Entre os dias 25 e 26 de novembro, a cidade de São Paulo (SP) receberá um evento para discutir sobre uma temática corriqueira no atendimento de ambos os profissionais: o diagnóstico e tratamento da dor.
Diagnosticar dor pode não ser uma tarefa fácil mesmo para os médicos-veterinários. Compreender como o comportamento pode auxiliar no diagnóstico e tratamento da dor pode parecer algo ainda mais distante. E foi da união de uma médica-veterinária e uma comportamentalista que surgiu o Simpósio Dor e Comportamento.
A primeira edição será realizada no escritório da Petlove, no bairro do Brooklyn. A intenção é unir médicos-veterinários e profissionais não-veterinários do comportamento.
Segundo uma das organizadoras do evento, Luiza Cervenka, é preciso que os comportamentalistas compreendam que um comportamento indesejado pelo tutor, pode ter como motivação uma dor não diagnosticada.
“Casos como agressividade, dificuldade de socialização e até ansiedade por separação podem ter algo em comum: dor. Não é pelo fato de o cão correr, comer, brincar que ele não esteja com dor. Por isso a importância do comportamentalista e o médico-veterinário trabalharem em conjunto”, pontua.
E, na outra ponta da corda, está o médico-veterinário. Compreensão de dor e comportamento provavelmente não estavam na sua carga horária da graduação. Por isso, muitos ainda acreditam que o cão só sente dor, quando, ao ser manipulado, chora, grita ou tenta morder.
Porém, há muitos outros sinais sutis que o cão demonstra ao estar em desconforto ou mesmo dor. É o que a médica-veterinária e organizadora do simpósio, Sofia Dressel Ramos, irá abordar em sua palestra: “Conhecer sobre o comportamento de cães e gatos, suas linguagens corporais e a forma de comunicarem com o ser humano é fundamental para uma análise completa do estado físico e mental”.
Por ser o profissional que está sempre na casa do tutor, observando o cão, o comportamentalista precisa estar alinhado com um médico-veterinário que saiba diagnosticar a dor, fazer a analgesia correta para melhor qualidade de vida do animal e toda família.
Grandes nomes da veterinária e do comportamento animal foram convidados para ministrar palestra, como Rodrigo Mencalha, Patrícia Flor, Daniela Ramos, entre outros.
Para a coordenadora de Marketing Terapêuticos da Elanco, Karina Toledo, eventos como o Simpósio Dor e Comportamento são fundamentais para a troca de experiências e disseminação de conhecimento sobre as melhores alternativas para tratar a dor dos animais, proporcionando-lhes bem-estar e uma vida longa.
“Um dos compromissos da Elanco é oferecer soluções que permitam aos pets receberem os melhores cuidados possíveis por meio do trabalho com médicos-veterinários e tutores. Trabalhamos continuamente no desenvolvimento de soluções que possibilitem que os animais vivam de maneira saudável e feliz”, diz.
O evento conta também com prêmios para o melhor relato de caso envolvendo dor e comportamento. São duas categorias: médicos-veterinários e profissionais não veterinários. O envio dos trabalhos pode ser feito até domingo, dia 12/11, pelo site do simpósio.
Por ser presencial, a proposta é proporcionar o encontro e a conexão entre profissionais de diferentes áreas, que comungam de um mesmo objetivo: o bem-estar dos pets. Sempre tendo a dor e o comportamento como plano de fundo, seja para avaliação e também tratamento.
“Promover um evento desta magnitude, reunindo especialistas de diversas áreas como ortopedia, fisioterapia e comportamental levanta a conscientização sobre o impacto da dor na vida dos animais, fazendo com que o assunto seja abordado com profissionais da área e tutores para ajudar a identificar e tratar esse problema da melhor forma”, finaliza Emilene.
Podem se inscrever médicos-veterinários, adestradores, passeadores, pet sitters, consultores comportamentais, monitores de creche, groomers e estudantes de medicina veterinária, biologia, psicologia e zootecnia.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.
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