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Clínica e Nutrição, Destaques

Obesidade reduz em até dois anos a expectativa de vida dos pets

Tutor deve procurar um médico-veterinário para iniciar tratamento adequado para a perda de peso
Por Cláudia Guimarães
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Por Cláudia Guimarães

A obesidade é caracterizada por uma condição crônica de inflamação no corpo, aumentando o risco de os animais desenvolverem doenças cardíacas, problemas respiratórios, pancreatite, elevação nos níveis de triglicérides e colesterol, comprometimento da imunidade, condições neurológicas e diabetes em gatos. Além disso, ela pode predispor a problemas renais e formação de cálculos urinários.

Levando isso em consideração, a médica-veterinária especializada em nutrição da rede de hospitais veterinário Pet Care, Mariana Porsani, faz um alerta neste Dia Mundial da Obesidade: “A principal causa da obesidade é a alimentação inadequada com excesso de calorias”, afirma.

As refeições dos pets, seja ração industrial ou comida, devem ser ofertadas na quantidade certa, levando-se em conta o quanto gasta por dia (Foto: reprodução)

De acordo com a profissional, as refeições dos pets, seja ração industrial ou comida, devem ser ofertadas na quantidade certa, levando-se em conta o quanto gasta por dia, ou seja, o quanto se exercita. “O excesso de calorias contribui para que o pet engorde cada vez mais, por isso evite dar petiscos toda hora ou as sobras de comida do seu prato. Algumas raças têm predisposição à obesidade. Se você tem um Pug, Dachshund, Basset Hound, Labrador, Golden Retriever, Rottweiler, Beagle, Terra Nova ou São Bernardo, atenção redobrada para o controle de peso”, alerta.

Mas, um erro comum dos pais de pet, segundo Mariana, é achar que reduzir a quantidade de alimento vai fazer com que o animal emagreça. “Pode até ser que seu pet perca peso, mas além de consumir menos calorias, ele vai acabar absorvendo menos nutrientes e a deficiência nutricional pode levar a graves problemas de saúde. Além da perda de peso de forma errada, pode levar à perda de massa muscular”, salienta.

Por isso, animais acima do peso precisam de uma alimentação específica, seja comercial ou natural. “Ela deve ser mais concentrada em nutrientes e menos calórica para que os pets emagreçam sem prejudicar a saúde”, recomenda a veterinária.

Riscos e tratamento

A veterinária afirma que a obesidade pode levar a problemas articulares, locomotores, respiratórios e doenças cardiovasculares, diabetes, entre outros. Por isso, estipular e seguir à risca o tratamento do paciente é essencial para sua qualidade de vida. “Neste período, petiscos podem ser oferecidos desde que não ultrapassem 10% do total de calorias que o pet deve consumir em um dia. As dietas não precisam ser sem graça, elas podem ser equilibradas. Fórmulas engessadas não costumam fazer o animal emagrecer”, frisa.

A obesidade pode levar a problemas articulares, locomotores, respiratórios e doenças cardiovasculares, diabetes, entre outros (Foto: reprodução)

Mas vale lembrar: se o pet precisa perder peso, é importante que esse plano seja elaborado cuidadosamente por um veterinário. “É muito perigoso fazer dieta sem orientação. De acordo com a idade, condição de saúde e estilo de vida do seu pet, o nutricionista veterinário vai ajustar a alimentação e a atividade física do seu cão aos poucos para que ele entre em forma”, destaca.

No cão, Mariana conta que é preciso, primeiro, reduzir a alimentação e ir aumentando o exercício físico aos poucos, às vezes com fisioterapia. “Se você entrar com uma atividade intensa inicialmente, ele não vai aguentar. No caso dos gatos, o processo de emagrecimento também deve ser lento e gradual, para evitar uma doença grave chamada lipidose hepática”, informa.

Tutores conscientes

Aos tutores que encaram a oferta de petiscos e alimentos em grande quantidade como forma de demonstrar carinho pelo pet, a veterinária deixa um recado: “É você quem alimenta seu animal, então, quando falamos em dieta, a responsabilidade é sua. Muitas vezes, oferecemos petiscos em excesso, mas existem outras formas de demonstrar afeto, como fazer carinho, brincar, escovar e, claro, passear. Separe alguns minutos do dia para se dedicar ao seu pet, é importante, inclusive, para sua saúde mental. Ou mesmo, podemos substituir petiscos calóricos por outros que não prejudiquem a perda de peso”, sugere.

Para encerrar, a veterinária salienta que a obesidade é uma bola de neve. “Quanto mais gordos ficam os pets, menos exercícios eles querem fazer. E, assim, acabam engordando mais. Essa é uma doença que diminui em até dois anos a expectativa de vida dos animais e traz inúmeras consequências negativas. Então, vamos cuidar do peso dos nossos animais”.