A obesidade é uma condição grave que está se tornando cada vez mais comum nos lares brasileiros. Enquanto 57,2% dos humanos estão acima do peso, estudos indicam que, em média, 35% dos cães e gatos também estão fora do peso recomendado. A dieta inadequada e o sedentarismo são as principais causas da obesidade entre os animais.
“A causa mais comum e responsável pelos pets estarem acima do peso é a dieta inadequada, quando o animal ingeri na sua alimentação mais calorias do que se gasta. A soma da alimentação inadequada e a ausência de atividade física faz com que o pet ganhe peso”, salienta a médica-veterinária e docente do curso de Medicina Veterinária da UniFAJ, do Grupo UniEduK, Aline Ambrogi.
Fato é que a obesidade é capaz de trazer sérios danos à saúde de cães e gatos, principalmente em pets com idade entre 7 e 11 anos. Quando não diagnosticada e tratada adequadamente, a obesidade evolui para doenças respiratórias, cardiovasculares, articulares, hormonais, dermatológicos, gastrointestinais e reprodutivos, além de aumentar os riscos durante um procedimento cirúrgico.
“Estudos mais recentes, relacionados a obesidade em cães e gatos, referem-se às alterações cardiovasculares que o ganho de peso pode ocasionar, como aumento da pressão arterial, intolerância à exercícios e consequentemente menos expectativa de vida. A obesidade pode levar animais fêmeas obesas desenvolver câncer de mama, doença que afeta até 30% das cadelas e gatas, segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV)”, alerta Aline.
Mas, como saber se o animal está ou não acima do peso? De acordo com a médica-veterinária da UniFAJ, observando alguns sinais do animal no dia a dia já é possível.
“Os tutores têm certa dificuldade em perceber que seu pet está ficando obeso. A melhor dica é perceber se a linha da cintura do animal está evidente. Animais obesos perdem essa silhueta. Fiquem atentos ainda com animais mais peludos, pois o pelo faz com que o dono tenha mais dificuldade de avaliar o ser escore corporal”, explica.
Se a dúvida ainda persistir, o ideal é levar o bichinho para uma consulta com médico-veterinária de confiança. No hospital veterinário o pet terá sua condição corporal avaliada através de uma escala que varia de 1 a 9, quando 1 significa muito abaixo do peso e 9 muito acima. Ainda na avaliação, o profissional deve realizar uma análise física completa do animal, solicitar alguns exames complementares, como ressonância e tomografia (quando necessário); bem como indicar uma dieta com a quantidade de alimentos adequada para o dia a dia do animal.
Entre as raças mais predispostas a terem obesidade, a médica-veterinária da UniFAJ destaca os pugs, beagles, bulldogues, daschunds, labradores, goldens e rottweilers. Entre os felinos, os gatos sem raça definida (SRD) são os mais predispostos.
Como manter o animal ativo e sempre saudável?
- Alimentação – As refeições devem ser ofertadas de 2 a 4 vezes por dia, com a quantidade específica para cada animal;
- O que ofertar – A alimentação caseira (sem sal e temperos) é a mais saudável, menos calórica e mais nutritiva. Caso não seja possível, podem ser utilizadas rações com ingredientes de qualidade e sem corantes. Evite ficar dando petisco ao longo do dia;
- Passeio – As caminhadas são essenciais para a perda calórica. Sendo assim, dê preferência a locais abertos. Evite o período entre 10h e 16h, respeitando sempre os limites físicos do animal;
- Gato também se exercitam – Apesar de não precisar de passeios regulares, os gatos podem ser estimulados por meio de brinquedos recreativos em casa;
Fonte: Grupo UniEduK, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
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