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Pets e Curiosidades

Apesar de ser crime, Brasil tem 30 milhões de animais abandonados

Maus-tratos, segundo veterinário, podem incluir negligência, abuso físico e emocional
Por Equipe Cães&Gatos
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Por Equipe Cães&Gatos

Os cães, reconhecidos como os mais fiéis companheiros do ser humano, frequentemente enfrentam o abandono e a crueldade, atos que são considerados criminosos. Em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou no Brasil cerca de 30 milhões de animais abandonados, abrangendo 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães.

Os motivos para o abandono variam, desde problemas comportamentais até mudanças na vida dos tutores e falta de preparo para cuidar dos animais. Desde 1998, o abandono é considerado crime no Brasil, com a Lei Federal 9.605/98, e em 2020, a Lei Federal 14.064/20 aumentou as penalidades para casos de maus-tratos, com reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda, especialmente em situações envolvendo cães e gatos.

O abandono de animais urbanos é um problema crescente que afeta comunidades globalmente (Foto: reprodução)

O médico-veterinário e diretor da Faculdade Qualittas, Francis Flosi, acredita ser crucial lembrar que o abandono é uma forma de maus-tratos, causando sofrimento físico e psicológico aos animais, que são seres capazes de sentir emoções. “Unamo-nos em torno do Abril Laranja para abraçar juntos essa campanha de extrema importância ecológica e de saúde pública”, declara.

Os maus-tratos, segundo ele, podem incluir negligência, abuso físico e emocional, enquanto o abandono priva os animais dos cuidados e afeto necessários para uma vida saudável. “É fundamental conscientizar sobre a responsabilidade de cuidar dos animais e promover a adoção responsável e as leis de proteção animal”, destaca.

Ele ainda menciona que o abandono de animais urbanos é um problema crescente que afeta comunidades globalmente. “Animais de estimação, como cães e gatos, são frequentemente deixados para trás por seus tutores, seja por falta de recursos, mudanças de vida ou simples negligência. Este ato cruel acarreta sérias consequências para os animais, o meio ambiente e a saúde pública. Uma das principais causas é a falta de compreensão sobre a responsabilidade de cuidar de um animal de estimação. Muitas pessoas adotam um animal impulsivamente, sem considerar as necessidades a longo prazo do animal, como alimentação, cuidados veterinários e exercícios”, expõe.

Mudanças na vida, como divórcios, mudanças de emprego ou mudanças para locais onde animais não são permitidos, podem levar os tutores a abandonar seus animais de estimação. “A falta de recursos financeiros também desempenha um papel significativo, pois algumas pessoas simplesmente não podem arcar com os custos associados à manutenção de um animal de estimação”, menciona.

Outro fator crucial é a falta de conscientização sobre a importância da esterilização e castração, levando à superpopulação de animais, principalmente em áreas urbanas, onde os recursos são limitados e os abrigos de animais frequentemente superlotados.

Diretor da Qualittas, Francis Flosi, defende a educação pública sobre a responsabilidade de cuidar de animais de estimação (Foto: divulgação)

O abandono de animais urbanos resulta em consequências devastadoras para os animais e a sociedade como um todo. “Os animais abandonados frequentemente enfrentam fome, doenças, ferimentos e abusos nas ruas, estando expostos a perigos como atropelamentos, envenenamento e agressões por outros animais ou seres humanos. Além disso, os animais abandonados podem se reproduzir descontroladamente, contribuindo para a superpopulação de animais nas ruas, aumentando o sofrimento dos animais e representando riscos à saúde pública, já que animais sem cuidados adequados podem espalhar doenças”, observa.

Para enfrentar o abandono de animais urbanos, em sua visão, são necessárias abordagens multifacetadas que combatam as causas subjacentes. Educação pública sobre a responsabilidade de cuidar de animais de estimação e a importância da esterilização e castração é essencial para prevenir o abandono futuro. “É crucial fornecer recursos e apoio para proprietários de animais enfrentando dificuldades financeiras, incluindo programas de assistência veterinária de baixo custo, alimentação para animais e habitação que permitam a manutenção de animais em lares estáveis”, defende.

Além disso, é importante incentivar a esterilização e castração de animais para evitar a superpopulação e o abandono. “Também podemos colaborar com ONGs e abrigos de animais, seja através de doações, trabalho voluntário ou simplesmente divulgando a importância da adoção responsável. Juntos, podemos fazer a diferença na vida desses animais e garantir que eles tenham o cuidado e o amor que merecem. Vamos unir forças e trabalhar juntos para criar um mundo melhor para todos os seres vivos”, encerra.

Fonte: Faculdade Qualittas, adaptado pela equipe Cães e Gatos. 

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