O Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial de faturamento no mercado pet, atrás dos EUA e China. Somente em 2022, foram R$ 42 bilhões, um crescimento de 17,2% em relação ao ano anterior. E, se depender da disposição dos ‘papais e mamães’ de cachorros, gatos e demais bichinhos de estimação, os números vão continuar altos. Um estudo inédito da HSR Specialist Researchers, grupo de pesquisa independente, apontou que 62% das pessoas que têm bichos se consideram ‘mães ou pais de pet’. Elas gastam, em média, R$ 1.132 por mês com eles – valor 96% mais alto do que gastam aqueles que se dizem apenas ‘tutores’.
Pets são um dos temas-destaque do estudo “Da Indiferença à Paixão: a Jornada do Engajamento através das Gerações”. A pesquisa ouviu cerca de 3,5 mil pessoas de todo o Brasil, acima de 18 anos e representantes das gerações Baby Boomers, X, Y e Z, sobre mais de 20 temas, como alimentos funcionais, ESG (ambiental, social e governança), carros eletrificados, bets (apostas) e pets. O objetivo foi compreender qual a diferença entre interesse e engajamento dos consumidores e fornecer insights para marcas criarem conexões mais significativas com seus públicos.
Eles são membros da família
A HSR identificou que 86% daqueles que têm bichinho de estimação têm cachorros, sendo que 79% deles foram adotados. Mais da metade (54%) divide a casa com um ou mais gatos e a grande maioria (87%) também prefere cuidar dos que foram abandonados na rua ou estavam em abrigos. Aves apareceram na preferência de 11% dos entrevistados, mesmo percentual dos que têm roedores e répteis.
Cuidar da saúde dos Bobs, Freds e Ninas (sim, 52% dos pets deles têm nomes humanos), é uma preocupação identificada. “Vimos que os cuidados são frequentes: 83% dos entrevistados levam seus pets regularmente ao veterinário, enquanto os demais procuram atendimento somente quando eles apresentam algum sintoma”, comenta Valéria Rodrigues, sócia-diretora da Shopper Experience, empresa member da HSR, especializada em comportamento do consumidor. Há uma grande oportunidade ainda não capturada em um serviço no qual são investidos mensalmente, em média, R$ 173. “Embora 68% dos tutores não tenham plano de saúde pet, 63% declaram a intenção de contratar uma proteção”, ressalta Valéria. Na Geração Y, onde 33% possuem o benefício, o valor sobe um pouco mais: R$ 200, em média. Além disso, gastam em média R$ 175,62 por mês com medicamentos e vacinas. Entre os Baby Boomers, foi identificado o maior gasto com medicamentos e vacinas (R$ 245,67), embora apenas 17% dessa geração tenha um plano de saúde contratado para o pet.
A holding estruturou um trabalho robusto de campo usando diferentes metodologias de pesquisa, especialmente as exclusivas e proprietárias ancoradas na Inteligência Artificial. “Especificamente sobre os pets, nosso estudo apontou que o comportamento das pessoas sobre seus animais de estimação abre novas oportunidades para a indústria, o varejo e os serviços, como planos de saúde, capturarem”, diz Valéria Rodrigues.
Fonte: HSR Specialist Researchers, adaptado pela Equipe Cães e Gatos.
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