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Pets e Curiosidades, Destaques

Operação de resgate no Rio Grande do Sul envia animais para adoção no Rio de Janeiro

Após enchentes, muitos animais ficaram desabrigados; alguns foram devolvidos a seus tutores, enquanto outros esperam por um lar
Por Cláudia Guimarães
resgate
Por Cláudia Guimarães

Após as intensas enchentes que devastaram diversas regiões do Rio Grande do Sul, um grande esforço foi mobilizado para o resgate e acolhimento de animais em situação de risco. A operação, coordenada pelo Gabinete de Resposta à Fauna, em parceria com o Comando Militar do Sul (Exército Brasileiro), resultou no salvamento de cerca de 4 mil animais, que, agora, estão sendo encaminhados para adoção no Rio de Janeiro.

De acordo com a assessora Especial de Políticas Públicas para Animais, Amanda Bellettini Munari, a operação de resgate enfrentou inúmeros desafios, como a dificuldade de encontrar locais adequados para abrigar os animais resgatados e a falta de conexão com a internet, o que dificultou o acesso aos locais que necessitavam de socorro imediato. “A principal dificuldade foi encontrar locais para abrigar os animais no momento emergente, pois não tínhamos um local específico para isso”, relata.

Todos os animais resgatados passaram por protocolos sanitários que incluem vacinação, vermifugação, castração e microchipagem (Foto: divulgação)

Para garantir a segurança e o bem-estar dos animais durante o transporte até o Rio de Janeiro, foram adotadas medidas rigorosas. Todos os animais resgatados passaram por protocolos sanitários que incluem vacinação, vermifugação, castração e microchipagem. “Além disso, os animais foram atestados por um médico-veterinário e transportados em caixas apropriadas, acompanhados por um profissional”, acrescenta Amanda. A Força Aérea Brasileira, parceira no transporte, segue todas as normas de bem-estar animal, assegurando que o deslocamento ocorra com o máximo de cuidado.

No Rio de Janeiro, os animais resgatados estão sendo abrigados em hotéis pets antes de serem levados para feiras de adoção. O processo de adoção segue um protocolo rigoroso, que inclui entrevista com o futuro tutor, apresentação de documentação e uma orientação veterinária sobre os cuidados necessários. “O objetivo é garantir que o animal seja direcionado para um lar estruturado, onde possa se sentir amado e seguro”, explica Amanda.

Caso marcante

Entre os casos de resgate, um episódio particularmente comovente envolveu uma servidora da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, colega direta de Amanda Munari. “Durante as enchentes, a servidora se recusou a deixar sua casa sem os 37 animais que cuidava, mas teve que ser resgatada sem eles pelos bombeiros devido ao rápido aumento do nível da água. A operação para salvar os animais foi complexa, mas todos foram resgatados com sucesso após 48 horas de esforços intensos, encontrando refúgio em cima do telhado da casa”, narra a entrevistada.

“A experiência adquirida durante o resgate dos animais no Rio Grande do Sul serve como um aprendizado importante para futuras operações. Entre as lições aprendidas estão a necessidade de planejamento prévio, capacitação e treinamento das equipes, aprimoramento da infraestrutura e logística, e maior sensibilização e comunicação com o público”, analisa.

As Forças Armadas foram fundamentais no resgate e transporte dos animais (Foto: divulgação)

A operação de resgate dos animais não apenas salvou vidas, mas, também, proporcionou a muitos desses animais a chance de encontrar um novo lar, longe das ruas e em segurança. “Presenciar o reencontro dos tutores com seus animais resgatados e o transporte desses animais para outros Estados para adoção foram momentos que me marcaram profundamente”, conclui Amanda Munari.

Transporte seguro

Ela ainda destaca que a operação contou com o apoio das Forças Armadas, que, além de sua atuação tradicional na defesa do território e em emergências, foram fundamentais no resgate e transporte dos animais, destacando-se pela colaboração em ações sociais.

Em relação à logística de transporte dos animais do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro, em nota à equipe da Cães e Gatos, o Exército comunicou que, coube ao 3º Regimento de Cavalaria de Guarda, de Porto Alegre, o transporte dos animais dos abrigos até a Base Aérea de Canoas. O 3º RCG, também chamado de Regimento Osório, é uma organização militar que tem militares veterinários habilitados e expertise no transporte de animais.

O Exército informa, ainda, que forneceu a logística para outras instituições no que diz respeito aos resgates e transporte de animais para abrigos e para feiras de adoções, como a Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul e Grupo de Resposta a Animais em Desastres.

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