O envelhecimento é um processo natural para todos nós e com os pets isso não é diferente. Com o passar do tempo, cães e gatos vão deixando de ser jovens e começam a demandar um pouco mais de atenção de seus tutores, especialmente no que diz respeito às medidas de cuidados e às visitas mais frequentes ao veterinário. Em todos os casos, para que seja possível garantir a qualidade de vida a esses animais, médico-veterinário da Vetnil, Kauê Ribeiro, explica que o primeiro passo é identificar os sinais que indicam o início da senioridade para então adotar algumas medidas a favor de sua saúde e bem-estar.
“Em primeiro lugar, é importante entender alguns conceitos. Os termos ‘idoso’ e ‘sênior’ se referem à funcionalidade, ou seja, um cão ou gato é considerado sênior quando diminui a atividade física, ganha ou perde peso, apresenta perda muscular e desenvolve outras mudanças físicas e comportamentais relacionadas à idade, o que pode acontecer mais precoce ou tardiamente. Já os termos ‘geriátrico’ e ‘velho’ fazem referência unicamente à idade cronológica dos pets, quanto tempo se passou desde o nascimento. Por isso, ao falar sobre idade numérica, é preferível o termo geriátrico”, aponta.
Assim, em geral, cães de grande porte são considerados geriátricos entre sete e nove anos de idade, enquanto os cães de pequeno porte chegam nessa fase por volta dos 12 anos de idade. Lembrando que esses números podem variar consideravelmente quando se leva em conta também a raça, não apenas o porte. Já os gatos são considerados geriátricos a partir dos 10 anos de vida.
“Um animal idoso não é o mesmo que um animal doente ou incapaz de realizar suas atividades básicas, porém, com o envelhecimento, eles se tornam mais suscetíveis a enfermidades. Sinais como o surgimento de pelos esbranquiçados, perda sensorial e falta de energia durante as atividades físicas, devido a uma menor massa muscular, podem ser os primeiros indícios de senioridade. Alterações no sistema imunológico, cardiovascular, renal ou ainda, na pele e nas articulações, passam a ser mais comuns, o que exige maior atenção para a possibilidade de doenças crônicas. Para qualquer alteração apresentada, é sempre recomendada a busca por ajuda veterinária”, esclarece Ribeiro.
Check-ups frequentes
Ao perceber os primeiros sinais de envelhecimento, as consultas com o médico-veterinário devem ser mais frequentes, até mesmo para que o possível surgimento de uma doença crônica seja diagnosticado precocemente. Dessa forma, o ideal é que exames e avaliações sejam feitos pelo menos a cada seis meses para um pet em idade avançada que esteja saudável, a fim de monitorar e manter sua saúde.
Alimentação
Ao passo que avançam em idade, cães e gatos podem ter olfato e paladar comprometidos, reduzindo a ingestão de alimentos na quantidade ideal. Por isso, além de buscar novas formas de oferecer as refeições, incluindo alimentos úmidos e de odor mais atrativo, fazer a suplementação com vitaminas, minerais e antioxidantes, como o ômega 3, pode ajudar a garantir o bom funcionamento de seu organismo.
Higiene
Outro ponto de atenção com os pets idosos é a higiene. De acordo com o médico-veterinário da Vetnil, esse cuidado deve estar presente ao longo de toda a vida do pet e em fase de idade avançada isso não se altera. “A rotina de higiene deve ser constante, com banhos regulares (quando houver indicação veterinária), corte das unhas e escovação dentária. Isso também vale para a prevenção de pulgas e carrapatos. Embora estejam velhinhos, não podemos esquecer desses cuidados básicos. Afinal, higiene também é saúde”, destaca.
Atenção ao ambiente
Conforme envelhecem, os pets demandam especial atenção quanto ao ambiente em que vivem ou passam a maior parte do tempo. Animais idosos podem ter sua mobilidade reduzida em virtude de condições como a osteoartrite ou outras doenças articulares. Por isso, o conforto e a segurança devem ser priorizados: escadas e pisos escorregadios devem ser evitados, rampas e pisos antiderrapantes podem ser instalados, e facilitar de forma geral o acesso à caminha e a locais normalmente frequentados pelo pet também pode ajudar.
Prática de exercícios
Embora muitos pets pareçam ter menos energia e disposição para as atividades físicas, manter uma rotina de passeios e exercícios pode ajudá-los a ter uma velhice mais saudável. “É importante para a saúde física e mental dos animais uma rotina de exercícios, que pode incluir passeios para evitar o sobrepeso e promover socialização com outros animais, no caso de cães, especialmente. Basta respeitar seu ritmo e limite de distância, assim como optar por horários com temperaturas mais amenas. No caso dos gatos, nem sempre os passeios são viáveis, por isso é importante investir em enriquecimento vertical (instalação de prateleiras, mas avaliando a capacidade física de acessá-las) e incentivar brincadeiras que promovam maior atividade do felino”, conclui Ribeiro.
Pensando em auxiliar os tutores na rotina de cuidados com o seu pet idoso, a Vetnil possui em seu portfólio o Geripet, um suplemento focado em atender às principais demandas de animais em idade avançada, disponível na apresentação em comprimidos tradicionais e em comprimidos mastigáveis, que possuem alta palatabilidade e conferem facilidade na administração. A empresa também conta com o Ômega 3+SE, um produto com base de óleo de peixe associado a vitamina E e selênio, que são importantes antioxidantes. É fundamental consultar um veterinário para orientações sobre o uso de suplementos para a saúde e bem-estar dos pets em cada situação.
Fonte: Vetnil, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
LEIA TAMBÉM:
Veterinária mostra como ajudar um gato arisco a se adaptar ao novo lar
Veterinária cita os problemas mais comuns que surgem em uma teleconsulta com pets
Tutor deve garantir bons estímulos em casa para que cão se distraia em sua ausência