Um caso recente de apreensão de serpentes peçonhentas pelo IBAMA aumentou a discussão sobre o tema do comércio ilegal desses animais e do crescente interesse em criá-los como animais de estimação. No Brasil, esse tipo de criação somente é legalizada para serpentes não peçonhentas, adquiridas de criadouros comerciais autorizados pelo IBAMA.
Por conta disso, as serpentes mais comuns no setor pet são constritoras, como a Jiboia (Boa constrictor), Corn snake (Pantherophis guttatus) e as diversas espécies do gênero Píton. Os erros de manejo são os principais causadores de problemas clínicos nesses animais, de forma que uma anamnese de qualidade durante a consulta veterinária seja essencial para um diagnóstico preciso, permitindo o conhecimento do histórico, das instalações e da alimentação fornecida ao paciente. No exame físico, deve-se atentar para desidratação, ectoparasitos, lesões cutâneas, tônus muscular inadequado, aumento de órgãos e presença de tumores.
Os problemas no manejo das serpentes são: terrário inadequado, falta de higiene e sanidade, deficiências nutricionais e ausência de controle de parasitas. Eles levam a um quadro fisiológico de estresse e imunossupressão, aumentando, mais ainda, a susceptibilidade desses animais a doenças.
Observa-se, em animais imunossuprimidos, infecções fúngicas, maior incidência de neoplasias, principalmente nos tecidos linfoides e hematopoiéticos, além de casos de gastroenterites, cujos sinais clínicos são anorexia, diarreia, regurgitação, hepatomegalia e espessamento das alças intestinais. Portanto, garantir que o tutor realize um manejo correto do paciente é uma medida profilática essencial para evitar uma série de complicações clínicas em serpentes.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.