Presentear com pet exige atenção as necessidades de cada espécie
O número de animais abandonados nos meses de dezembro e janeiro costuma crescer 60%, segundo a ONG Gavaa. Um dos motivadores para esse volume é a desinformação na hora da adoção, já que muitos escolhem o pet como forma de presentear. Por mais especial que a companhia de um animal possa ser, adotar exige responsabilidade.
É importante ter em mente que o pet exige dedicação, paciência, ensinamentos, tempo para levá-lo para passear, visitas regulares ao médico-veterinário, além de gerar gastos. Uma pesquisa conduzida no Brasil pelo Ibope e o Centro de Nutrição e Bem-Estar Animal Waltham, da Mars Petcare, mostrou que 14% das pessoas justificam o abandono alegando não ter tempo para cuidar, pelo comportamento do pet, pelo nascimento do filho, por conta do custo e por não ter com quem deixar o pet na hora de viajar.
O programa Pedigree “Adotar é tudo de bom” apresenta pontos para ser observados antes de adotar um pet:
1) Quanto menor é a casa, menor deve ser o pet. Cachorros grandes, em um ambiente pequeno, podem ter problemas de adaptação.
2) Antes de adotar ou adquirir um animal, importante considerar o tempo médio de vida que é de 12 anos. Pergunte à família se todos estão de acordo, se há recursos necessários para mantê-lo e verifique quem cuidará dele nas férias ou em feriados prolongados. Não faça nada por impulso.
3) Pesquise sobre as características do animal e veja se ele é compatível com o seu estilo de vida e perfil.
4) Caso você já tenha outros pets em casa, apresente o novo morador de forma gradual e fique sempre atento à convivência.
5) Mantenha o animal sempre dentro de casa, jamais solto na rua. E na hora do passeio, leve os cães com uma coleira ou guia.
6) Evite as crias indesejadas. Castre machos e fêmeas. A castração é a única medida definitiva no controle da procriação e não tem contraindicações.
7) Cães e gatos precisam de alimentação de qualidade e muita água fresca e limpa.
8) Cuide da saúde física do animal. Forneça abrigo, alimento, vacinas e leve-o regularmente ao médico-veterinário. Dê banho, escove e exercite-o.
9) Zele pela saúde psicológica do pet. Dê atenção, carinho e ambiente adequado a ele.
10) O Brasil tem milhões de cães e gatos abandonados. Esqueça o mito característico da adoção: pets adultos se adaptam com facilidade às mudanças.
Mais cuidados no período de festas. E para quem já tem um pet, o cuidado também pode ser redobrado no final do ano. A casa decorada, as viagens, os fogos de artificio tudo exige planejamento e respeito ao espaço do animal. Confiras algumas questões para serem observadas:
Ceia. Além de uma pequena porção de comida poder ultrapassar as necessidades energéticas diárias dos pets e ajudar na obesidade, alguns alimentos podem causar alterações gastrintestinais, que podem ser discretas ou graves.
Decoração. As cores e formas chamam atenção dos pets, para evitar acidentes, o ideal é que sejam evitadas decorações que possam se partir, e que ao serem ingeridas provoquem perfurações intestinais.
Praia. O ambiente é outro cuidado, já que o animal pode ter contatos com alguns parasitas. A recomendação é consultar um médico-veterinário de sua confiança, lembrando que em muitas praias a permanência de animais de estimação é proibida.
Carro. O ideal é acostumar o animal com o movimento antes de iniciar o percurso. Não é indicado que o pet seja alimentado antes das viagens e durante o trajeto, já que eles podem ficar enjoados, além de nunca os deixar solto dentro do carro.
Fogos de artifícios. Por terem a audição mais sensível, os cães são os que mais sentem incômodos, a sugestão é não deixar o animal sozinho. Se possível, isole o som e a iluminação para diminuir o estresse.
Fonte: A.I., adaptado pela equipe Cães&Gatos.