Quem atua pelo fomento do empreendedorismo no Brasil sabe que um dos piores cenários para o ambiente empreendedor é quando aumenta o número de negócios gerados por necessidade.
Isso é sintoma de que as empresas novas não estão surgindo motivadas por uma oportunidade de mercado, mas, sim, como uma última alternativa para as pessoas obterem alguma renda diante de uma situação de desemprego ou de descontrole no orçamento familiar.
Para piorar essa situação de improviso, grande parte dos empreendedores por necessidade tampouco se preocupam em formalizar seu negócio. A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, Rio de Janeiro/RJ), relativa ao segundo trimestre (meses de abril, maio e junho) de 2018, traz números preocupantes sobre essa questão.
De acordo com o levantamento, o Brasil conta, hoje, com 18,6 milhões de pessoas trabalhando por conta própria sem CNPJ – ou seja, na informalidade. Esse número é 1,3% maior do que o registrado no mesmo trimestre de 2017. Quando olhamos apenas para o Estado de São Paulo, são 3,3 milhões de trabalhadores autônomos informais, porém o aumento relativo ao mesmo trimestre do ano anterior é de 10,3%.
Os veterinários devem considerar a opção de formalização, pois, de acordo com o diretor superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano, as vantagens da formalização são evidentes. A principal delas é que o MEI é coberto pela Previdência Social, podendo se aposentar ou receber auxílio-doença. Um CNPJ também facilita a prestação de serviços. “A formalização traz uma necessidade de organização e de gestão que muda a postura da pessoa diante de seu próprio trabalho: ela deixa de viver de ‘bicos’ para se tornar um empreendedor de verdade”, finaliza.
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Fonte: Redação Cães&Gatos VET FOOD.