Uma série de pesquisas já mostram que a população mundial está envelhecendo. Fatores como maior expectativa de vida e menor número de nascimentos atestam que a população deve duplicar até 2050.
Com essas projeções e o aumento de doenças não transmissíveis e deficiências que acompanham o envelhecimento como, por exemplo, a solidão, fica claro o quão importante é identificar abordagens não farmacológicas e de fácil implementação para maximizar não somente os anos em que vivemos, mas, também, a saúde e a qualidade de vida. Isso é conhecido, hoje, como “envelhecimento bem-sucedido” ou “envelhecimento saudável”.
Foi esse cenário e realidade da população que chamaram atenção dos pesquisadores do Centro de Nutrição e Bem-Estar Animal Waltham (Inglaterra), da Mars Petcare. A gerente de Pesquisas do centro, Nacy Gee, acompanhou os impactos reais e positivos da interação entre pets e humanos mais velhos. “Testemunhei, em primeira mão, a crescente evidência científica de que os animais podem influenciar positivamente os idosos, especialmente aqueles com comprometimento cognitivo ou demência”.
Sua pesquisa descobriu que os adultos mais velhos podem se beneficiar ao possuir ou interagir com um cão, gato ou até mesmo com outros animais, como cavalos. “Recentemente, fiz parte de uma equipe de pesquisadores que analisou os tipos de pessoas que, provavelmente, mais se beneficiarão desses tipos de interações com animais de estimação”, destacou ela.
Nacy afirma que os resultados, até agora, são promissores e extremamente positivos: tutores de animais de estimação mais velhos são menos propensos a relatar solidão do que os não-tutores. Além disso, a presença dos animais causa a redução dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. “Idosos com animais também necessitam de menos visitas aos médicos, lidam melhor com eventos estressantes e têm menor probabilidade de usar medicamentos”, comenta.
O estudo também indica que animais de estimação fazem idosos sentirem-se importantes e estabelecerem uma rotina diária com estrutura e propósito. “Outros benefícios incluem a redução da depressão, agitação e apatia, além de maior interação social e qualidade de vida”, adiciona.
Um relatório recente da Sociedade de Gerontologia da América, realizado em parceria com a Mars Petcare, destacou algumas áreas emergentes de pesquisas utilizando novas tecnologias para entender melhor o impacto de animais de estimação em adultos mais velhos.
Os pesquisadores estão começando a explorar os efeitos dessa interação em um nível hormonal para entender melhor como as interações positivas com pets afetam os níveis de ocitocina (o “hormônio do amor”) e cortisol (o hormônio do estresse) em animais de estimação e pessoas.
Novos avanços na tecnologia, como rastreadores de atividades portáteis, também estão possibilitando aos cientistas avaliar o papel de um animal de estimação na promoção da atividade física. “Devemos às gerações mais velhas e a nós mesmos, pensando em nosso próprio futuro, continuar examinando essa promissora área de pesquisa e como podemos estruturar as interações com os pets para obter um maior impacto. Eu acredito que os animais podem, realmente, ser nossos melhores amigos em todas as etapas da vida”, finaliza.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.