O Grupo de Diretrizes de Vacinação (VGG), da Associação Veterinária Mundial para Animais de Pequeno Porte (WSAVA), realiza algumas recomendações mundiais sobre a vacinação de animais de companhia.
Porém, muitas vezes, há uma interpretação errônea sobre as diretrizes propostas. Segundo a Professora Adjunto de Clínica Médica de Cães e Gatos e Vice-Diretora da Faculdade de Medicina Veterinária, da Universidade Estadual Paulista (Unesp, Araçatuba/SP), Mary Marcondes, não se tratam de regras a serem seguidas por todos os médicos-veterinários de pequenos animais no mundo. São apenas um conjunto de recomendações baseadas, exclusivamente, em evidências científicas, que devem ser lidas, discutidas e adaptadas para a realidade de cada veterinário.
Mary, que é membro do VGG, revela que as diretrizes da WSAVA não se destinam a serem aplicadas igualmente em todos os 86 países membros da Associação, uma vez que existem diferentes prevalências de doenças infecciosas entre esses locais.
Contra vacinação. Na Medicina Humana, existe um movimento antivacinação por conta de boatos sobre prevenções de doenças. As pessoas estão deixando de se vacinar e algumas enfermidades, erradicas por anos, estão sendo diagnosticadas novamente. Segundo a médica-veterinária doutora pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP, São Paulo/SP), que atua na área de doenças de potencial zoonótico, Vivian Lindmayer Ferreira Cisi, o movimento antivacina, também, está sendo vivido nos Estados Unidos e na Europa. “Recentemente, houve surtos de sarampo na Alemanha, Portugal e Itália. Nesta última, por exemplo, das 1.600 pessoas com sarampo, em 2017, 88% não tinham tomado nenhuma dose da vacina. O Brasil tem uma das melhores coberturas vacinais, porém, grupos contrários à vacinação disseminam informações nas redes sociais de forma errônea sem nenhum fundamento científico”, adiciona.
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