Estudos publicados na revista científica Circulation, da Associação Americana do Coração, mostram que ter um pet, mais especificamente um cachorro, melhora os níveis de colesterol e da pressão arterial, previne doenças cardiovasculares e pode reduzir em 24% o risco de morte prematura.
A companhia de um cachorro é importante, também, para ajudar no combate ao estresse e à depressão. Segundo ONGs e protetores de animais, nos primeiros meses da pandemia, quando boa parte da população ficou em quarentena, o número de adoções cresceu cerca de 50% no Brasil. Nesse período, além de trazer alegria e diversão, o convívio com o animal diminuiu a solidão provocada pelo isolamento, estimulou caminhadas e aumentou a capacidade de dar e de receber afeto.
Nem sempre, entretanto, é fácil compreender o mundo canino. Muitas vezes, os tutores se perguntam por que o cachorro ficou bravo com determinada visita, fez xixi no sofá, pegou a mania de morder as mãos e os pés das pessoas, abanou o rabo ou escolheu um morador da casa para ser o seu humano de estimação. Não existe uma resposta precisa para essas perguntas, porque cada animal tem sua personalidade e história de traumas. Mas há formas específicas de lidar com o cachorro para auxiliar a comunicação e o convívio dele com toda a família.
Essa é justamente a proposta do livro-caixinha “Psicologia Canina – 50 práticas para melhorar a relação com seu animal” (Matrix Editora, R$ 40), escrito pelo adestrador e terapeuta canino Paulo Henrique Serrati. Com 50 fichas em linguagem clara e direta, o livro traz dicas preciosas para os doglovers ou para quem está planejando adotar um cachorro:
“Rabo abanando não é sinal de felicidade! Quando abana o rabo, o cão demonstra, na maioria das vezes, que está excitado e até ansioso, mas não necessariamente feliz. E, sim, ele também pode ficar excitado para brigar”, explica o autor.
Por isso, ele orienta a não dar broncas no cão. “As broncas transmitem uma energia emocional instável que os cães percebem como fraqueza. Opte por reforçar os comportamentos que você deseja e ignore os comportamentos indesejados ou corrija-os pontualmente, sem se alterar, gritar ou agredir o cão. Toques na guia, barulhos incômodos, gostos ruins e esguichos de água são exemplos de corretivos pontuais”, orienta.
Outro ponto comentado pelo adestrador é que deixar o cão receber as pessoas na porta dará a ele a responsabilidade de aceitar a visita ou não. “E, acredite, muitos acidentes acontecem assim. O cão pode não aceitar quem chega e atacar, por qualquer motivo que seja, mesmo que ele sempre tenha sido dócil. A responsabilidade de quem entra e sai da sua casa é totalmente sua e não do seu pet. Colocá-lo na guia, em um cercadinho ou em uma caixa de transporte e esperar que se acalme para, então, soltá-lo é uma forma simples de resolver esse problema”, garante.
Fonte: AI, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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