O mundo literário ganha, neste mês, o livro “As patas que forjaram o meu caminho”, da veterinária, psicóloga e especialista em comportamento animal, Cláudia Peterson. A obra, que é autobiográfica, mergulha o leitor nas profundas conexões entre humanos e animais, revelando o impacto transformador que esses seres podem exercer sobre nossas vidas. A autora, que também é etóloga e ambientalista, compartilha suas experiências pessoais e reflexivas, desde a infância até a vida adulta, retratando como os animais moldaram sua jornada e visão de mundo.
“Este livro é o resultado de minhas interações e influências múltiplas por décadas, entre diversas espécies não humanas e uma única representante da nossa; a Homo sapiens sapiens”, reflete Cláudia Peterson. Inicialmente, a autora pretendia explicar ao leitor como educar seu cão de forma mais natural e com menos “adestramento”. “Contudo, no decorrer das páginas, ainda no primeiro capítulo, modifiquei esse intento, definindo uma nova meta. Decidi dividir com o público, entre outras reflexões, por que cheguei à conclusão de apenas educar meus amigos cães, e não adestrá-los. Contar o quanto eles haviam me ensinado, e não eu a eles”, compartilha.
A autora trabalhou por anos em fazendas de leões perto de Nairobi, no Quênia, e, no continente africano, participou de diversas atividades voluntárias de entidades voltadas à preservação de espécies em extinção. Também atuou na reabilitação e reintrodução de guepardos, gorilas e chimpanzés em seus habitats naturais, reafirmando seu compromisso com o bem-estar animal e a conservação da fauna.
Em “As patas que forjaram o meu caminho: Os animais mudaram minha vida. Até onde podem mudar a sua?”, Cláudia vai além de meros relatos de convivência, explorando a importância de enxergar os animais como seres sencientes, dotados de emoções, necessidades e sentimentos próprios. Entre os temas abordados na obra estão: o mundo canino, que proporcionou à autora valores autênticos e a conscientização sobre aspectos da vida que muitos humanos ignoram; o universo equestre, que, apesar de seu glamour elitizado, esconde um lado sombrio de sofrimento e exploração; a verdade sobre a extinção de animais na África, e a luta incansável de profissionais para conter essa tragédia. O livro também aborda a urgência de os seres humanos redescobrirem a intuição e adotarem uma postura mais compassiva e fraterna, tanto com os outros quanto consigo mesmos.
“O livro carrega um grito mudo de socorro efetuado por milhares e milhares de animais não humanos, e que ecoa em nossos ouvidos moucos. Eles berram, choram, sofrem, morrem. Eles são extintos. Alguns, bem poucos, são de estimação”, comenta.
Com uma narrativa envolvente, crítica, inusitada, por vezes intrigante e até polêmica, principalmente em relação às indústrias de carnes e peles, o livro explora também temas como comunicação, afetividade, inteligência e individualidade, traçando paralelos entre os comportamentos humano e animal. Dividida em capítulos dedicados às interações da autora com patos, cães, gatos, cavalos, pássaros e até peixes, a obra revela como o convívio com os animais foi essencial para seu autoconhecimento e consciência sobre o impacto das ações humanas no ecossistema.
“Seria eu outra pessoa acaso não tivesse convivido desse modo com meus amigos, meus pares não humanos? Não sei. Sei apenas que certamente seria uma vida bastante diferente. Preenchida, quem sabe, por valores e regras tendenciosas, questionáveis e com datas de validade. E, certamente, com um enorme e desconfortável sentimento de solidão e vazio interior inexplicável”, finaliza Cláudia Peterson.
Fonte: Assessoria de Imprensa, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
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