Pelo menos cinco animais, sejam cães ou gatos, são abandonados por semana no meio da rua ou em lotes vagos na região Oeste de Belo Horizonte (MG). Moradores do bairro Betânia relatam que convivem com o problema há anos, mas que perceberam um aumento significativo no número de novos casos desde o início de dezembro do ano passado. Conforme informações da Prefeitura, somente em 2022 foram recolhidos das ruas da capital 759 cães e 557 gatos.
“Aqui, a cada dia que passa, mais abandono. Não só gatos, mas todos os animais. O que tiver pela frente eles vão abandonando. Além de deixar uns gatos abandonados, ninguém põe comida. Quando colocam, dão arroz, feijão, marmitex. Aí, fica uma sujeira nos passeios”, relata o morador do bairro, Jackson de Oliveira.
Segundo os moradores, um lote vago que ocupa um quarteirão inteiro na rua Emília Alves do Vale é o principal local onde acontecem os abandonos de animais no bairro Betânia, incluindo carcaças de bichos mortos. Diante do problema, algumas mulheres do bairro têm acolhido os animais em casa e esperam por alguma ação da prefeitura.
“Lá perto da minha casa, no posto Shell, ali na avenida Úrsula Paulino, como tem uma pracinha e é da Prefeitura, o pessoal vai lá e sabe que eu cuido, e abandona os animais. Filhotes, adultos, não tem idade. A gente colocou placas dizendo que abandono é crime previsto em lei, mas não parou”, relatou a moradora Andreia Resende.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informa que, na segunda-feira (2), uma equipe de agentes de zoonoses da regional Oeste esteve no local para verificar a situação. Mas, no momento da vistoria, os animais não foram localizados. Por isso, vai ser feita uma nova visita.
A Prefeitura esclarece, também, que o Centro de Controle de Zoonoses faz, de forma permanente, o recolhimento de cães e gatos encontrados soltos na rua, sem a presença de um tutor. A nota informa, ainda, que em 2022 foram recolhidos 759 cães e 557 gatos na capital.
Fonte: Itatiaia, adaptado pela equipe Cães&Gatos VET FOOD.
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