Nos últimos meses, temos visto a crescente preocupação com doenças transmitidas por picadas de mosquitos, com a alta dos casos de dengue, e o uso constante de repelentes. Porém, os mosquitos não representam risco apenas para humanos, como também para animais.
Mais do que uma irritação para os pets, eles também trazem consigo sérios riscos à saúde, podendo transmitir doenças graves. Por isso, neste Agosto Verde-Claro, mês dedicado à conscientização e prevenção da leishmaniose, Joyce Aparecida Santos Lima, médica-veterinária e mestre em Medicina Veterinária Preventiva da Cobasi, alerta sobre os principais cuidados envolvendo o tema.
“As principais doenças transmitidas por mosquitos para cães e gatos são a Dirofilariose, também conhecida como ‘verme do coração’, e a Leishmaniose, popularmente chamada de ‘calazar'”, explica Joyce. Ambas são zoonoses, podendo ser transmitidas para seres humanos também.
“Para que o tutor seja infectado por uma dessas doenças, ele precisa obrigatoriamente da presença do mosquito transmitindo o parasita ao ser humano e do animal portador da doença”, ressalta ela. O Aedes aegypti, transmissor da dengue em humanos, é um dos mosquitos transmissores da Dirofilariose em cães, gatos e humanos, enquanto a Leishmaniose é transmitida por mosquitos-palha, uma espécie diferente.
Contrariando uma crença comum, as vacinas anuais, como a V10 e raiva para cães, e V3, V4 ou V5 para gatos, não previnem essas doenças. “As vacinas protegem os animais contra infecções causadas por vírus e bactérias específicas, mas não contra aquelas transmitidas por mosquitos”, esclarece a especialista.
Quanto ao uso de repelentes, Joyce destaca: “Estudos científicos mais recentes recomendam o uso de coleiras ou soluções tópicas do tipo ‘spot-on’ (as pipetas) que possuam em sua composição inseticidas, como imidacloprida, permetrina, deltametrina ou permetrina, repelindo os mosquitos transmissores de doenças para cães e gatos”.
“Para pets filhotes ou idosos, a prevenção é ainda mais crucial”, sugere Joyce. Segundo ela, filhotes e idosos são animais com imunidade menor do que cães adultos sadios, então caso sejam infectados com a doença, podem apresentar sintomas mais graves. Porém, a prevenção vale da mesma forma para os animais adultos.
Fonte: Cobasi, adaptado pela equipe Cães e Gatos.
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