O profissional de Medicina Veterinária se depara com diversos desafios em sua rotina. Gerir clientes e uma equipe de trabalho pode levantar questões e, em alguns casos, conflitos difíceis de lidar. A diretora de Prática Veterinária e investigadora de Jacksonville, nos EUA, Wendy Jureski, em um artigo publicado no site Veterinary Leadership Expert – Dr Dave Nicol, destaca as causas mais comuns de conflito em ambiente veterinário.
Mau trabalho em equipe, má comunicação − ou falta dela −, fraca cultura no local de trabalho, comportamento passivo-agressivo e condições laborais precárias são os principais pontos apresentados pela profissional
Em casos extremos, estas situações podem levar os funcionários da clínica a tirarem períodos prolongados de licença ou, mesmo, a demitirem-se, para evitar a toxicidade do trabalho. Nestes casos, explica Wendy Jureski, é extremamente importante a criação de estratégias para lidar com o conflito no local de trabalho de forma eficaz, para evitar uma ruptura total.
“O problema de lidar com o conflito entre colegas de trabalho é que, muitas vezes, ele pode passar despercebido. Alguns dos primeiros sinais de conflito são: diminuição da participação da equipe, desenvolvimento de uma cultura ‘nós contra eles’, maior evitação de certos membros da equipe e aumento das taxas de transtornos mentais.
Estratégias para vencer essas situações
Encarar para resolver: Embora a resolução de conflitos possa ser complicada, é importante não a ignorar. Caso contrário, poderá tornar a rotina de trabalho muito mais difícil.
Unir os elementos da equipe: Afastar determinados membros da equipe poderá ajudar a aumentar a tensão, na medida em que passam a ser criados dois pólos. Reunir os elementos em questão, assume-se, na opinião de Wendy Jureski, uma maneira muito melhor de lidar com conflitos.
Estabelecer regras e limites: “É bom estabelecer algumas regras básicas antes de entrar em qualquer negociação de resolução”, diz a profissional. As regras sugeridas para uma conversa produtiva são: Não interromper um ao outro, não levantar a voz, entre outros. “É importante, também, conscientizar todas as partes para as regras de comportamento”, destaca.
Destacar pontos em comum: Encontrar um terreno comum durante a conversa pode ser fundamental para ajudar as partes a se identificarem. Se a situação for particularmente complicada, poderá fazer sentido considerar um terceiro mediador que se dê bem com os dois colegas de trabalho.
Palavra de ordem é empatia: Inteligência emocional e empatia são características fundamentais por parte de todos os envolvidos. Por vezes, pode ser necessário pedir desculpa para chegar a um acordo mútuo. “Este pode ser uma pílula difícil de engolir para alguns, mas é absolutamente essencial para permitir o progresso”, revela.
Trabalhar para uma cultura de trabalho positiva
Para evitar mais crises no futuro, os líderes devem contribuir para criar um ambiente de trabalho positivo. “Criar uma boa cultura de trabalho exigirá o compromisso de fazer as coisas certas repetidamente ao longo do tempo”, afirma Wendy, que ainda descreve quatro áreas específicas que os líderes devem trabalhar na sua prática para aprimorar a sua cultura de trabalho:
- Reservar mais tempo para os objetivos de liderança;
- Criar um conjunto de valores de práticos;
- Lidar com a toxicidade no local de trabalho;
- Aprimorar os processos de recrutamento e retenção.
Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe Cães e Gatos VET FOOD.
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